segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FLORESTA

FLORESTA SOFRIDA

Num tempo doce e amargo
Semeamos a floresta
Em ambiente de festa
Com um grupo esforçado.

Ao ver pedras faiscando
Em solo bem pedregoso
Para ser menos penoso
O grupo ia cantando…

E depois ao fim do dia
Um sopro de alegria
O cansaço disfarçava.

E o corpo amassado
Muito mal remunerado
No outro dia voltava…
    Zzzzzzzzzz
Bolhas nas mãos e na alma
E a barriga vazia
Acabado mais um  dia
Pairava dorida calma…

Mas brotaria um pinhal
No baldio do Estado
Onde pastava o gado
No que foi um carrascal.

Muitos milhares de caixões
A render largos milhões
Podem já ter fabricado…

Porque nesse duro monte
Jóvens sem um horizonte
Deram  trabalho escravo!

Amândio G. Martins





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