terça-feira, 25 de agosto de 2015

JÁ NÃO HÁ DEBATE!



Já não vai acontecer um debate alargado sobre as legislativas na televisão. Que aborrecimento! Não é senhor Passos Coelho? Não é senhor Portas? Oh para vós  preocupados com o défice de cidadania política!
Permitam-me, na minha imbecilidade natural - a doença que padecem os não iluminados, simplicíssimos cidadãos que  pouco contam, nem mesmo para votarem - uma ou duas questões, desconhecimentos meus:
Quando se apresenta uma coligação a votos, representa-a no debate ao povo, um, ou dois, ou mais ainda? Os coligados fazem uma lista: o chefe, o sub-chefe, o resto do rebanho. Quem fala por todos? O chefe, o chefe e o sub-chefe,  estes e o rebanho inteiro? Faz-se um acordo entre os candidatos e os meios de comunicação. Qual é a validade desse acordo? Para sempre, só por um bocadinho, ou até que apeteça?
Tanta pergunta, põe-me tonto. Pessoalmente até vos agradeço a não comparência, porque a minha educação cívica obrigar-me-ia, mesmo a contragosto, a assistir atentamente a esse debate. Assim sendo terei um jantar em família muito mais tranquilo. Por outro lado, não nego que gostaria de ter a oportunidade de me sentir útil na escolha do próximo governo do país, neste caso, ouvindo os diferentes pontos de vista, a argumentação e contra-argumentação, ficando com a sensação (patética, eu sei!) que esse confronto ajudaria a minha decisão de voto.

Olha, não faz mal, voto NÃO neles todos, pode até ser que haja muitos sim aos não, e então logo se verá!

7 comentários:

  1. Os partidos sabem que nada tem de concreto e honesto a propor ao povo que desgovernam. Lá muito no fundo, os seus dirigentes sabem que não sabem que voltas hão-de dar para atingir uma meta confiável. Os do arco do poder só não desistem, porque não sabendo fazer nada, vivem disto. Logo, pouco lhes interessa fazer debates porque não acreditam no produto que querem vender. Assim, decidem não se expor mais, porque os lugares de deputados, mais coisa menos coisa, como é tradição, já estão distribuídos. Só quando houver círculos uninominais, em que os deputados dão a cara, estarei pronto para votar. Até lá, não me apanham na farsa.

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  2. Idem aspas. Estou de acordo com o Luís Robalo e mais o acrescento do Tapadinhas.
    Um abraço para ambos.

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  3. Como escreveu o filósofo José Gil, "em Portugal nunca há drama, tudo é intriga e trama". Em vez de nos "embarrilarem" pela televisão, eles que vão de porta em porta, para ouvirem "das que os cães não querem". Como a resposta daquela camponesa transmontana, qundo os militares da "dinamização cultural", numa acção de "folow up" a uma primeira investida, em que esvaziaram salgadeiras e adegas e reduziram o número de virgens. Pergunta o jóvem tenente: "Então, se Maria, já sabe o que é a democracia? Resposta da boa mulher: "E vocemessê, saberá o que é um almude?"

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  4. Respostas
    1. Sempre que as eleições se aproximam, é ver uns tantos comentadores a que eu chamo de (os falsos arrependidos), escreverem nas redes sociais e ou nos jornais,para tentarem "venderem o seu peixe " e para isso, vão dizendo que o "peixe" (leia-se os politicos) é todo igual. Porém isso não é verdade , pois apesar de todo ele, vir do mar(leia-se da politica), um, e é a esmagadora maioria, é peixe miúdo, como a sardinha, o carapau, o robalo etc.. Depois temos o "peixe graúdo", como os tubarões,que para satisfazer o seu insaciável apetite, tem de comer centenas de milhares de "peixes miúdos ".Ora, o que os "falsos arrependidos" pretendem com a venda do seu peixe, é que as pessoas deixem de acreditar na democracia e deixem de votar, visto que se assim acontecesse, seria a melhor forma de garantir que tudo ficava na mesma (com os tubarões) (leia-se PSD,CDS,PS) a comer o peixe miúdo até à sua eventual extinção. Ora, eu que não sou de desistir (deixar de votar, é desistir e desistir é fraqueza ) e também não faço parte dos arrependidos, vou continuara a votar na CDU (desculpe-me a franqueza, mas, não estou aqui, para enganar ninguém).

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  5. Já tinha percebido que Joaquim Carreira Tapadinhas é um Senhor. e acabo de ter uma fina demonstração disso. : Tendo sido escrito por mim "vocemessê" - contracção de vossa mercê - aqui uns milímetros acima, talvez por ter gravado no subconsciente aquela lengalenga aprendida quando miúdo - primeiro "c" curvo, depois dois "esses"(mas não há regra sem excepção), o senhoor Tapadinhas encontrou uma forma primorosa de me mostrar o erro... Há-de haver por aí outros "gatos" a miar, já que sou distraído e não uso corrector, assim como já os tenho visto nos textos de outros, só que me falta autoridade, quiçá competência, para fazer o que o senhor fez. Foi bonito! muito obrigado.

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