domingo, 23 de agosto de 2015

LUTHER KING

                                 MARTIN LUTHER KING

28 de Agosto de 1963. Nesse dia, um pastor da Geórgia, negro, de estatura média, figurava em último lugar na lista de oradores de uma marcha cívica “pelo emprego e pela liberdade”. Cerca de 90 mil pessoas aglomeravam-se diante do Lincoln Memorial.
Chegada a sua vez de falar, disse à multidão que por todos os Estados Unidos o ouvia: “I have a dream”(Eu tenho um sonho)…que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos escravos e os dos velhos senhores se possam sentar juntos à mesa da fraternidade;  que um dia os meus quatro filhos vivam num país onde não sejam julgados pela cor da sua pele, mas pelo seu carácter.  Quando deixarmos que a liberdade ecoe em cada cidadezinha e em cada cabana, em todos os Estados e em todas as cidades, poderemos apressar a chegada do dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar juntos as palavras do velho espiritual negro Livres Finalmente! Graças a Deus Todo-Poderoso, estamos livres finalmente!”
Tudo se passou num instante e uma nação inteira estremeceu. Ficaram as palavras e o sonho. “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça para a justiça em todos os lugares. Estamos presos numa rede de reciprocidade, da qual não se pode escapar, ligados por um mesmo e único destino”.
“Dizem que alguns de nós são agitadores… Eu estou aqui porque amo os brancos. Enquanto os negros não forem livres, os brancos também não são livres… Eu amo o meu país”
“Pode ser verdade que é impossível decretar a integração por meio da lei, mas pode-se decretar a não segregação. Pode ser verdade que é impossível legislar sobre a moral, mas o comportamento pode ser regulamentado. Pode ser verdade que a lei não é capaz de fazer com que uma pessoa me ame, mas pode impedí-la de me linchar.”
Mais de cinquenta anos depois, o sonho continua. We shall overcome, Martin Luther King!

WE SHALL OVERCOME
“Venceremos, Venceremos”
Era palavra de ordem
Esperança de um homem
Mas ainda não vencemos…

Luther King assassinado
Num acto de cobardia
O sonho que perseguia
Ficou ali assombrado!

Cinquenta anos vão
Que um grande coração
Cativou mais corações;

Tornar o seu grande sonho
Vencedor do mal medonho
Que são as discriminações.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Nesse sonho ele via
Os seus filhos respeitados
Com os brancos irmanados
Mas não viu chegar o dia.

A injustiça num lugar
Propaga em todo o mundo
A velha questão de fundo
Que  todos pode afectar…

Chamados agitadores
Luther King e seguidores
Abriram largos caminhos;

Hoje são Pais Fundadores
Venerados lutadores
Mas quantos os espinhos!

Amândio G. Martins


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