terça-feira, 13 de outubro de 2015

Portugal e os Descobrimentos (II)


Compatriotas,

Em Janeiro de 1988, por iniciativa de O Comércio do Porto, levou este jornal diário a efeito um certame intitulado ‘Portugal e os Descobrimentos’, em que os leitores poderiam dar o seu contributo, através da rúbrica ‘Rota dos Leitores’.
Contribuindo com muitos trabalhos, quero convosco compartilhar uma pequena parte dos mesmos e que foram publicados pelo citado jornal nortenho.
Assim, transcrevo-vos parte do que de meu foi publicado em 6/2/1988:

Cumpriu-se a profecia

Oh água salgada e disforme, que meu olhar contempla,
Desta penedia chamada “Promontorium Sacrum”,
Jamais pensarias que este homem hirsuto, que tu vês,
De ti se viesse a servir – ó “mare clausum”.

E então chamarei de toda a parte
Todos os homens úteis para que empresa tal
Seja levada a cabo para glória
Deste povo, desta terra – Portugal.

E, assim, tal missão se cumprirá
Para se atingir terras distantes – ignotas,
Sofrendo, sulcando trilhos e rotas.

Epopeia, assim, só um cantou,
Homem probo de raíz, de emoções,
É nosso, é do mundo, é Camões.

Calafates – precisam-se

Precisam-se calafates
Por esta terra além,
Pois mete-se tanta água
E sem culpa de ninguém.

Os “buracos” são tão grandes
Que não há quem os tape,
Pois engenho e arte
Só faz jus para o destape.

E assim andamos todos
Neste país sem rumo,
Todos falam sem recato
Já em nada há aprumo.

A brincar se faz história

Estava Camões sentado
A um “canto” a magicar
Nos feitos do Navegador
Que deveria “cantar”.

Quando soube que no Porto
Alguém o queria fazer
Pensou n’ “O Comércio do Porto”
Para tais feitos “verter”.

E assim aqui temos
Este singular jornal,
Em concurso tão singelo
Da História de Portugal.


José Amaral

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