quarta-feira, 14 de outubro de 2015

VOTOU PS, PARA ISTO?

Sim, dirijo-me a si, eleitor votante do PS nas recentes legislativas. Está satisfeito com as negociações que o PS, de chapéu na mão, está a conduzir com o PCP e BE, que na campanha eleitoral elegeram o PS como inimigo principal? Não tendo sido apresentado nenhum programa de governo de esquerda na campanha, acha correcto que António Costa (AC) resolva agora, ao arrepio da sua proposta eleitoral, governar coligado com a esquerda? Nunca em 39 anos de democracia em Portugal, o PS se aliou à esquerda para governar. Acha natural isso acontecer logo agora, em que o País ainda está sob vigilância dos nossos credores internacionais e da UE? Se isto já aconteceu noutros países com democracias mais antigas e maduras, não quer dizer que não seja, na mesma, desonesto políticamente. Eu diria até obsceno, na medida em que considero ser uma traição aos valores que o PS defendeu duramente na sua história, desde 1973. Mário Soares, em 1974 abraçou Cunhal á chegada a Lisboa, estendeu-lhe os braços numa aliança de esquerda, para defender a democracia, e logo um ano depois foi expulso do Estádio 1º de Maio pelos acólitos de Cunhal. Se AC desconhece isso, por andar de fraldas na altura, que pergunte aos seus camaradas mais velhos. O PS terá todo o direito de governar à esquerda um dia (Deus nos guarde). Mas para isso, em democracia verdadeira, terá primeiro de ganhar as eleições. E antes delas, terá de anunciar previamente que se vai coligar e/ou aliar á esquerda para formar governo. Eu não me esqueci ainda que AC, perguntado diversas vezes por jornalistas antes das eleições, se tencionava aliar-se à esquerda para formar governo, respondeu sempre (manhosamente, digo agora eu) que só depois de o povo falar se veria. Eu chamo a isto uma fraude política! Os eleitores foram enganados, especialmente os do PS. Não é por acaso, que mesmo antes de tal desgraça acontecer, são várias as vozes de dirigentes e responsáveis nacionais do PS, que já criticaram duramente tal funesta eventualidade. Espero pois que o Senhor Presidente da República, em cumprimento da tradição democrática dos últimos 39 anos, convide o líder da coligação mas votada para formar governo, minoritário que seja. Se a AR, decidir, como parece querer fazer, chumbar esse governo, que se cumpra a Constituição e se convoquem novas eleições, logo que os prazos e regras constitucionais o permitam.
OBS. Publicado na íntegra no jornal "Público" na sua edição de 18/10/15.

27 comentários:

  1. Todo o mundo é feito de mudanças, como diz o poeta. No dia 4 de Outubro de 1910 Portugal era uma monarquia. No dia seguinte, 5 de Outubro, quebrou-se a tradição, passou a república. Com as regras democráticas, sem revolução, o PS, com o apoio do PCP e do BE, pode voltar a ser governo. Que mal há nisso? Se o país estava bem, se a miséria e o desemprego não aumentavam, conforme se quer fazer querer e na opinião dos que não auferem mensalmente 469€ , porque não continuar na senda do descalabro que nos transformou nuns cordeirinhos do rebanho europeu, porque motivo só 38% votou na coligação. O país não acaba. Com o Costa, porque o sistema vai trucidá-o, dentro de 6 meses temos o caos. Com o Passos, seguindo o rumo que traçou, com a dívida sempre a aumentar,o nosso estoiro económico e financeiro, dar-se-há dentro de 2 anos. Entrámos num pântano, do qual dificilmente sairemos, mas, no final, tudo se remediará.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Joaquim, li com atenção e não ando longe de si.
      A questão verdadeira, é que pelo menos nos últimos 20 anos, apenas temos de escolher os menos maus...

      Eliminar
  2. Os votos somados da Esquerda ultrapassam os da Direita. Assim sendo, desde que consigam um acordo sério, porquê tantos disparates acerca de um Governo de Esquerda? Ou um eleitor de Direita vale mais que um de Esquerda?...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Górgias, de um ponto de vista constitucional a questão terá que se engolir. Agora do ponto de vista da ética política, é uma fraude! sabe porquê? Porque a coligação de esquerda não foi proposta ANTES de termos votado nas urnas. Só uma futura eleição, no mais breve prazo, em que a coligação de proponha com transparência aos eleitores, será digna. Então se os eleitores a escolherem, todos teremos de aceitar, e tentar viver com ela.

      Eliminar
  3. Eu até penso que um eleitor de Esquerda vale mais, se for esquerdino tal qual eu.

    ResponderEliminar
  4. Parece que toda a gente se arroga o direito de possuir a verdade absoluta sobre a interpretação do voto dos portugueses nas últimas eleições. Já vi argumentários de todo o tipo: ele é a aritmética, ele é a tradição, ele é a legitimidade, ele é… eu sei lá. Como diria o outro, dá-me uma ideia que eu arranjo-te argumentos que a defendam. Entendo que o importante, isso sim, é não pisar a Constituição. Agora, pergunto: um governo do PS, apoiado na e pela esquerda, sustentável por uma maioria absoluta, é menos constitucional do que um governo minoritário PaF? De que têm medo? Se resistimos a uma destruição sistemática e porfiada de 4 anos, não havemos de resistir a todas as malfeitorias que a esquerda venha a fazer?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já respondi acima, é um problema de ética, por esta "coligação de esquerda" não se ter proposto antes da eleição. Pelo contrário, os agora 3 intervenientes passaram a campanha eleitoral a atacarem-se da forma mais soez.

      Eliminar
  5. Ocorre-me que o que a Direita mais teme, para além da perda do mando, do que tem verdadeiro pavor, é que a Esquerda demonstre - o que não é nada difícil - que é muito mais séria e competente que eles na governação do país

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se um futuro governo de esquerda, não vier a repetir a "democracia" de Vasco Gonçalves e do PCP em 1974-75, e forem mantidas as chamadas liberdades, direitos e garantias, nada terei a contestar, uma vez eleito com transparência política, e não neste "arranjo de secretaria", pós-eleitoral.

      Eliminar
  6. A menos que a Constituição fosse uma cartilha de malfeitores - e sabemos quem são os que assim a consideram - se a coisa é constitucional não pode ferir a ética. O que acontece é que, para muitos políticos da Direita, a ética é como uma rameira, de quem se servem sem pruridos, como escape, mas a quem olham com total desprezo se por acaso com ela se cruzam em situações menos convenientes...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Só tenho a esclarecer:
      1º- não sou político;
      2ª - não tenho partido político;
      3º - considero que não há especial distinção entre políticos no activo, de esquerda ou de direita, são todos fracos.

      Eliminar
  7. Descanse Sr. Manuel Alentejano ( é mesmo alentejano?) que tão cedo, para mal deste povo, não vai ter a democracia de 74/5. Por mim, que sou alentejano, numa terra de tanta fartura,e de onde tive que sair assim como os meus pais e irmãos para não morrermos de fome, impunha-la! Descanse que esta bela democracia imposta pelo Poder dos donos disto tudo, infelizmente, vai continuar a vigorar. Até um dia...E olhe, o povo alentejano foi tão pacífico!...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu não tendo nascido no Alentejo, considero-me Alentejano, porque escolhi esta bela terra e de boa gente, para investir e viver. Há quem diga que os que não estão lá só por lá terem nascido, mas que estão lá porque a escolheram, são alentejanos de primeira (opiniões). Eu fui contra Salazar toda a minha juventude e já homem (casado e com filhos), saudei com alegria o 25 de Abril. A partir de 11 de Março de 75, com a tomada do poder pelo Vasco Gonçalves-PCP, mudei 180º. Como simples trabalhador, mas com o pecado de ter estudado à noite para obter um curso superior, fui perseguido e afastado como se de um "fascista" se tratasse. Todas as chefias e direcções empresariais foram decapitadas, sem qualquer culpa formada ou acusação. pelo simples facto de serem chefes ou directores. Por isso caro senhor, só os que me perseguiram e me puseram nesta situação de conservador politicamente, é que podem hoje estar satisfeitos com o seu "trabalho". Eu vi e senti na pele o comunismo a trabalhar, por isso não aceito "lições" de democracia comunista. Por alguma razão na altura foi chamado de "social-fascismo"...

      Eliminar
  8. Parece-me que os votos devem ser iguais. Terem o mesmo valor. Isto é, se uma votação correu a meu contento, óptimo, o povo soube escolher: Ao contrário, isto não poderia ter acontecido: o povo anda a dormir. Anda? Não anda? Em que ficamos?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro amigo, os votos são de facto iguais, só que o povo foi enganado pelo PS. Simplesmente não anunciou como devia, esta mudança de 180º no que toca a alianças políticas. No mínimo, foi desonesto politicamente. Só uma nova eleição poderá rectificar este embuste, e assim com o PS a aparecer inserido numa coligação de esquerda, haverá clareza e transparência. Depois quem ganhar, que assuma as suas responsabilidades. Os democratas aceitarão, sem rebuço. Os que o não são, continuarão a encontrar razões para contestar.

      Eliminar
  9. Sr. Manuel "Alentejano" ( já vimos que não o é, mas como não tem mal que o queira ser, vou tratá-lo então assim) nem sei bem como começar a responder à ultima resposta que me dirigiu. São tantas as contradições e inverdades!... Utilizo este eufemismo porque a minha intenção não é ofendê-lo mas defender o meu ponto de vista perante os leitores deste blogue, o que, penso, não será difícil.Diz, noutra resposta, que não é político e escreve um texto de conteúdo 100% político que suscita, para já, 18 respostas. Depois diz outra coisa absolutamente disparatada: que lhe fizeram a vida negra pelo facto de, tal como eu e milhares de portugueses, ter estudado à noite.Depois diz outra enormidade; todos os chefes e directores foram decapitados. Entrei para um banco pouco antes do 25 de Abril e ainda hoje sou amigo dos chefes e alguns directores que lá estavam e permaneceram. Já agora Sr. Manuel Alentejano devo dizer-lhe e posso confimar-lhe que tenho amigos em todo o espectro político. Quanto ao social-fascismo, não nos atire areia para os olhos, deve saber muito bem que quem utilizava essa linguagem era o MRPP que fez tantos desmandos assim como outros grupelhos e tantas vezes quem pagou as favas foi o PCP. Com isto não quero dizer que os comunistas sejam todos impolutos.Finalmente, porque isto já vai longo,qual a revolução que não teve excessos? Mas, pessoas como o senhor querem corrigi-las, ou asfixiá-las? Finalmente, confundir crítica política com ataques soezes, é natural e equilibrado?

    ResponderEliminar
  10. Sr. Ramalho, eu não sou mentiroso, apenas posso ter conceitos e experiências de vida porque o senhor não passou nem vivenciou. Eu chamei-lhe mentiroso, ou afirmei que disse "inverdades". O que temos é opiniões diferentes. Mas isso por acaso é motivo para ataques, como no tempo da ditadura? Então é que "os que não são por nós, são contra nós". Quando disse que não era político, não menti. Falei no sentido profissional, porque nunca recebi um tostão das minhas opções políticas, porque nunca tendo tido partido, nem sequer ganho por ser comentador, como faço agora. Passe bem, caro senhor, eu nunca o conseguirei convencer de nada, e pelo que já li de si, também é um pouco tarde para me colocar uns óculos especiais, para eu ver com cores diferentes o que eu e muitos nas minhas condições passaram, pela força dos sindicalistas do PCP, que afirmo e afirmarei, perseguiram todos os quadros superiores e médios (Diretores de Serviço, Chefes de Serviço, Chefes de Secção, na chamada indústria seguradora, em 1974 e 1975, todos trabalhadores por conta de ontem, que tinham o azar de serem chefes e licenciados).

    ResponderEliminar
  11. Caro Sr. Manuel Alentejano,
    Neste ponto da polémica (ainda bem, porque o consenso, às vezes, é bafiento), quero começar por lhe dizer que respeito profundamente as suas opções ideológicas. Respeito a sua decisão de não gostar do PS e de propugnar opiniões que lhe são contrárias. Custa-me é vê-lo a suportar essas opiniões em factos pouco consistentes. Ora vejamos: o seu ponto principal, se bem percebi, é que o PS não anunciou, ANTES das eleições, que se encontrava disponível para se concertar com os partidos à sua esquerda. Não sei bem se é assim, mas, c’os diabos, se isso é merecedor do seu desprezo (lembro-lhe que, nas suas intervenções, já utilizou palavras como “desonesto”, “obsceno”, “manhosamente”, “fraude”), por que razão não diz que os outros partidos que está a defender (pelo menos a contrario sensu) fizeram exactíssimamente a mesma coisa em eleições anteriores? Ou não é verdade que anunciaram as coligações depois dos resultados apurados, Passos Coelho e Durão Barroso, ambos com Portas? Que é da ética? Mais: como poderá ver no Jornal de Negócios, de 19.05.2011, Paulo Portas achava que José Sócrates, mesmo que vencesse as eleições, não conseguiria alianças que lhe permitissem governar. E até se espantava que Passos Coelho não governasse se não ganhasse efectivamente as eleições. Isto é como nos dá mais jeito, a ocasião faz o ladrão…
    Deixe-me ainda dizer-lhe que a Constituição não se “engole”. CUMPRE-SE. E, de preferência, sem a tentar violar a torto e a direito, como em alguns Orçamentos do Estado que conheço e de que sofro.
    A terminar:
    O senhor não é político? Eu sou, a res publica diz respeito a todos, mas não vivo dela.
    Não tem partido político? Eu também não.
    Acha que os políticos são todos fracos? Se se refere aos que nos têm governado, eu até diria que, intelectualmente, são indigentes.
    Um abraço cordial.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Sr. Rodrigues, em primeiro lugar agradeço-lhe o debate do meu articoleto. Desde 2002 que venho desabafando sobre a realidade Portuguesa e não só, em artigos como o presente, simples e muito frontais. Chamo-lhes "estados de alma", e foi com esse título, que em 2008 (nos meus 60 anos) dei à estampa um livrinho com uma tiragem suficiente para oferecer a amigos e correspondentes. Se Deus me der saúde e vida, gostaria de a pretexto dos 70 anos, fazer uma publicação dos "Estados de Alma II".
      Dito isto, para me apresentar melhor, começo por contestar "não gostar do PS". Não é verdade. Amargurado por 3 anos de "sevícias" aos mais carenciados e pensionistas/ reformados, tinha prometido votar PS nestas eleições recentes. Eis senão quando, aparece António Costa como SG. A forma como "apeou" o seu camarada AJS, e mais do que isso, as pessoas de que se rodeou para disputar eleições (ex-ministros do governo já sancionado em 2011), mereceram logo a minha desconfiança. Depois achei que havia um perigo de esse grupo conseguir alcançar o poder, repetindo a acção governativa de 2004/2011, e a forma que encontrei de o tentar impedir foi votar na PaF. Tomei nota, e aceito que é intelectualmente correcto colocar no mesmo plano coligações formadas depois de eleições e não anunciadas antes. Mas caro Sr. Ramalho, terá que concordar que enquanto PSD e CDS, foram aliados em coligação ante-eleições em 1980 ("Aliança Democrática"), o PS NUNCA teve na sua história, que é a história da nossa "democracia", qualquer coligação ou sequer conversações politicamente sólidas com o PCP. As considerações sobre Portas, não me abalam, todos sabemos da sua veia "artística", que muitos outros políticos também seguem. Nos tempos da ditadura, em minha casa, toda de oposição, em que se ouvia a Rádio Moscovo e a Rádio de Argel (FPLN), o Dr. Mário Soares não era muito considerado por causa dessa mesma "veia artística", que leva a maior parte dos políticos a mentirem tanto, que muitas vezes chegamos a ter de admitir que eles próprios não conseguem distinguir as suas mentiras da realidade. Hoje tenho que admitir que se trata quase de uma epidemia, pois contam-se pelos dedos de uma mão os que, em todos os partidos, são frontais e honestos intelectualmente. Para terminar, como faço sempre que critico a "indigência" (que confirmo) da maior parte dos governantes que temos tido, sobretudo nos últimos 20 anos. A culpa também é dos cidadãos eleitores. Ora vejamos, todos sabemos que na política, como em todas as profissões e actividades há corruptos. Mas não devemos tratar TODOS os políticos como tal. Depois temos a devassa das suas vidas privadas, quando os media (e não só) trazem para a praça pública situações que nada têm a ver com as suas funções públicas (note-se que eu até concordo que um político eleito tem um "capitis diminutio" em relação a um cidadão comum). E para terminar temos o vencimento, que é notoriamente insuficiente, quando o eleito não tem um património razoável anteriormente adquirido. Por isso, caro senhor, temos os políticos que merecemos.

      Eliminar
    2. Caro Sr. Manuel Alentejano,
      O seu desdém por certos políticos não é muito diferente do meu. A verdadeira diferença é que o senhor, em toda a sua legitimidade, se mantém no barco deles e, obedecendo às emoções e desilusões do momento, ora se senta a bombordo, ora a estibordo, enquanto eu saltei borda fora já há muito tempo. E deixe-me dizer-lhe que não me sinto nada a naufragar.
      Podemos concluir com quase toda a segurança que nem o senhor me vai convencer a mim, nem eu a si. Mas isto não há-de bastar para anular o prazer que ambos parecemos ter pela discussão aberta e frontal.
      Mais um abraço cordial.

      Eliminar
    3. Caro Sr. Manuel Alentejano,
      O seu desdém por certos políticos não é muito diferente do meu. A verdadeira diferença é que o senhor, em toda a sua legitimidade, se mantém no barco deles e, obedecendo às emoções e desilusões do momento, ora se senta a bombordo, ora a estibordo, enquanto eu saltei borda fora já há muito tempo. E deixe-me dizer-lhe que não me sinto nada a naufragar.
      Podemos concluir com quase toda a segurança que nem o senhor me vai convencer a mim, nem eu a si. Mas isto não há-de bastar para anular o prazer que ambos parecemos ter pela discussão aberta e frontal.
      Mais um abraço cordial.

      Eliminar
  12. Começo por esta dos políticos, que me passou. São todos fracos? Em todos os partidos há gente com muita dignidade. Portanto, averba mais uma: é tão injusto! Disse que todas os chefes( de secção e de sector, suponho) e directores foram decapitados. Depois acrescentou; na industria seguradora.Entrei para um banco meses antes do 25 de Abril e estive lá 26 anos e 8 meses, não conheço um único dos casos que refere. Depois diz que não é mentiroso... quem nos lê que decida. Já agora,repito, fui durante uma data de anos delegado sindical e sabe em que nível saí, Sr. Manuel "Alentejano"? no nível 9 ( o máximo era o 20) Com certeza achará que foi por incompetência. Disse-me "passe bem..." não quer ser confrontado? Olhe que não sou o único!...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sr. Ramalho, como sou uma pessoa educada, venho reagir à sua nova mensagem. Sobre os políticos serem fracos, ou "indigentes" como acima o Sr. Rodrigues qualificou, penso que já na resposta que dei àquele Sr., o assunto ficou mais esclarecido. Confirmo que não costumo mentir e esforço-me sempre por ser intelectualmente honesto, como penso já ter dado provas nos artigos que escrevo e nos comentários que faço. Em 1975, segundo depoimento de um dos visados, todos os licenciados em funções na Companhia de Seguros Império, foram destacados para a "mui técnica e complexa" tarefa de conferir recibos de apólice pelas listagens do computador. Esta situação humilhante e até aviltante, prolongou-se por vários meses (salvo erro eram cerca de 80 trabalhadores), o que chegou a levar os próprios a um pedido de audiência ao presidente da República. Peço ao Sr. Ramalho, para não me puxar mais pela língua, pois tenho experiências reais de alguns comportamentos de seus colegas sindicalistas na altura, que me chegaram a lembrar comportamentos de "pides" no regime anterior. Por isso, agora compreende, que de facto estamos em "territórios" muito diferentes. Houve um assalto ao poder nas empresas financeiras, para colocar nos lugares chave pessoas da confiança do PCP e seus aliados, e muitos simples trabalhadores, que nada tinham a ver com o regime anterior, não eram capitalistas, nem exploradores de ninguém, foram saneados e expulsos das suas empresas, apenas por estarem colocados em lugares chave ou de chefia. Na minha companhia, o Director de pessoal foi sumariamente saneado, por ser o director de pessoal. Quando provou que até era militante "antifascista" (do MDP-CDE) mandaram-no regressar, mas não ocupou mais o seu lugar. Na Administração Pública houve saneamentos, mas enquadrados pela Lei (membros da Legião Portuguesa, por exemplo). Nas empresas financeiras, foi um fartar vilanagem, absolutamente indecoroso, que teve a consequência de "vacinar" contra o comunismo, pessoas (como eu) que foram contra Salazar toda a vida. Por hoje penso que já chega, para o Sr. perceber como seria inútil prosseguir consigo esta conversa. E acredite que é preciso ser cavalheiro e educado, para não ter utilizado antes outros termos, mais trauliteiros e tão ao gosto de muita esquerda portuguesa. Eu passei um mau bocado, disse.

      Eliminar
  13. Tenho estado adoentado e sem grande paciência...Pede-me para não lhe puxar mais pela língua. Cai em saco roto o seu pedido.Sabe porquê Sr. Manuel?É que quem não deve, não teme. E eu, não devo nem prejudiquei nunca ninguém. E mais, sou contra todas as injustiças. Por isso, vou responder-lhe em pormenor, mas não já aqui nas mensagens antigas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Sr., a saúde é que conta, o resto é conversa. Trate-se e votos de rápidas melhoras, são os meus desejos sinceros.

      Eliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.