domingo, 15 de novembro de 2015

DA POESIA CONCEPTISTA

À VARIEDADE DO MUNDO

Este nasce, outro morre, acolá soa
Um ribeiro que corre, aqui suave,
Um rouxinol se queixa brando e grave
Um leão c´o rugido o monte atroa.

Aqui corre uma fera, acolá voa
C´o granzinho na boca ao ninho uma  ave,
Um derruba o edifício, outro ergue a trave,
Um caça, outro pesca, outro enferoa.

Um nas armas se alista, outro as pendura
Ao soberbo Ministro aquele adora,
Outro segue do Paço a sombra amada,

Este muda de amor, aquele atura.
Do bem, de que um se alegra, o outro chora…
Oh! Mundo, oh! sombra, oh! zombaria, oh! nada !

NOTA – Soneto do Dr. António Bacelar Barbosa

Transcrito por Amândio G. Martins

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