terça-feira, 24 de novembro de 2015

Gaia - Prédios de nove pisos nos terrenos do Marés Vivas


Era este o título vindo na primeira página de um jornal que diariamente leio. E fiquei logo indignado com tudo que li no desenvolvimento da notícia no interior do mesmo noticiário.
O actual edil de VN de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, mostra-se apreensivo com tal afronta urbanística que está no prelo. E diz que, para reverter a situação travando tais construções outorgadas pela anterior liderança camarária na pessoa de Luís Filipe Menezes, a indemnização aos presumíveis construtores ascenderia a mais de 40 milhões de euros.
Esta aberração colide de certeza absoluta com a legislação sobre as áreas de protecção fluvial, uma vez que tais construções ficariam quase em cima da margem esquerda do Rio Douro.
O capital não se preocupa com o bem comum, nem com a Natureza; preocupa-se, isso sim, com lucros e mais lucros, custe a quem custar.
E já agora pergunto: ninguém é chamado à ‘pedra’?
Por acaso sabem onde pára o anterior edil que tais projectos outorgou?


José Amaral

2 comentários:

  1. Deve andar a cuidar dos nabos, na tal quinta de Baião...

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  2. Também fiquei indignado quando hoje li o JN e portanto estou Inteiramente de acordo com o senhor Amaral. Mais uma vez o Norte leva uma grande “goleada” se compararmos com a negociata em Lisboa em 2008 pelo governo de Sócrates e com o apoio da C.M. Lisboa de António Costa. Tratava-se do alargamento do terminal de contentores de Alcântara e cujo decreto-Lei permitiu à sua concessionária, a Liscont (Mota-Engil) , um prazo de exploração até 2042, uma medida que gerou polémica tendo sido criado um movimento contestatário com Manuel Alegre, Helena Roseta, Sousa Tavares, Arq. Ribeiro Teles e muitos outros. A "falta de estudos" que sustentem a decisão, os custos das acessibilidades (540 milhões de euros) pagas pelos contribuintes e ainda o facto de se prolongar uma concessão "que está a operar em condições estabelecidas em 1984.
    Como se pode ver, o Norte fica sempre a perder.

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