quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A PGR DEVE TRATAR DAVID DUARTE COMO TRATOU DO BANIF

O texto abaixo é de uma petição criada para solicitar intervenção da PGR no caso da morte de David Duarte.

A petição está disponível para assinatura em:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT79515

Para: Procurador Geral da República

É com (infelizmente) muito pouca surpresa que leio notícias dando conta de que a PGR se apressou a investigar indícios de crime no caso do BANIF.

http://observador.pt/2015/12/22/pgr-analisa-caso-banif-procura-indicios-crime/

Pergunta a minha curiosidade:
- Se houve dinheiro para salvar o BES
- Se houve dinheiro para salvar o BANIF
- Se genericamente há dinheiro para salvar bancos

- Por que motivo não houve dinheiro para salvar david Duarte, um jovem de 29 anos que precisava de uma operação de urgência, que apenas poderia ter lugar 3 dias depois, porque era fim de semana e não havia equipa de neurocirurgia disponível, vindo-se a constatar que tarde demais?

Essa constatação leva-me a perguntar qual é o preço de uma vida humana, em Portugal?

O valor de um banco é sabido. Não existe.
O valor de uma vida humana, pelos vistos, também é sabido, e também não existe.

O problema é que, enquanto para um banco esse limite é inferior, e portanto majorável e ultrapassável a qualquer custo for, para uma vida humana é superior, logo minorável, e portanto inatingível a que custo for, leia-se morra quem morrer.

É minha opinião que isto não pode, não deve, passar impune.

Em qualquer país que se preze, em qualquer hospital central que se preze, há telefones para usar e médicos para chamar.

É impossível, é ignóbil, é inacreditável que semelhante ação não gere da PGR uma reação tão grande ou maior do que a que teve para um banco.

Isso, ou é melhor que no Banco de Portugal, na tabela de taxas de câmbio, se defina o preço de uma vida humana.

Assim e pelo menos todos ficamos a saber o que (não) valemos… 

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