sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A IVG e Eutanásia


A IVG e a Eutanásia são duas situações civilizacionais difíceis de equacionar, pelo que, de modo algum, devem ser referendadas.
Só um escol de âmbito científico deve ser consultado, a fim de se conseguir uma lei aceitável, tendo em atenção a condição humana de quem a faz. E nunca o mundo político deve retirar dividendos, em que uns sejam considerados os maus da fita e os outros os bons de todo o saber acumulado. Todavia, pensamos, que nos dois casos em apreço, poderá emergir uma afrontosa dualidade de critérios éticos, isto é, na IVG, o SER que está no ventre materno NUNCA é ou será consultado, enquanto na Eutanásia, o SER, em fase terminal terrena, pode ter o poder de decisão para por o fim à vida.
Sendo assim, poder-se-á afirmar que é mais fácil tirar a vida a quem não se pode defender, do que a quem já não quer continuar vivendo, sofrendo.


José Amaral

2 comentários:

  1. Havia informação que demonstrava que, antes da legalização da interrupção da gravidez, as mulheres que o queriam fazer recorriam a todo o tipo de abortadeiras clandestinas, correndo os mais diversos riscos, desde ficarem mutiladas para sempre até irem parar à cadeia; isto, as mais pobres, porque as que tinham meios iam fazê-lo ao estrangeirto em clénicas de luxo. O ganho que foi conseguido, enorme, a meu ver, é que agora essas mulheres em aflição já não se vêem perante uma mercenária que apenas quer receber o dela, mas com profissionais com capacidade para tentar demovê-las de levar a ideia em frente, propondo alternativas de ajudas múltiplas. Eis por que acho que a legalização foi uma boa decisão, na medida em que contribui para diminuír a tragédia que é impedir nascimentos.

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  2. Eu a pensar que o Parlamento, como princípio da existência humana, estava interessado em que os cidadãos tivessem uma vida digna, quando afinal, antes de lutarem por instituir essa mesma vida digna, estão mais interessados numa morte digna. Por uma questão de prioridades, são metas difíceis de compreender.

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