domingo, 14 de fevereiro de 2016

Confesso

Confesso que,desde a primeira hora estive sempre com a revolução de Abril de 1974. Confesso que essa minha atitude
esteve de acordo com os meus ideais e desejos de paz, liberdade e justiça social para o meu País. Confesso que por
esse motivo tive a ousadia de tomar partido. Confesso que por ter tomado partido e ser coerente com essa atitude ela
me acarretou alguns dissabores. Mas o que foi isso ? 
comparado com o imenso orgulho de fazer parte de um enorme colectivo feito de homens e mulheres que não desistem dos seus ideais ? Confesso que ao contrário de
muitos, recusei sempre " sentar-me no sofá" da cómoda e falsa neutralidade, à espera de sentir para que lado corriam
os ventos da ocasião. Confesso que, enquanto alguns atiravam ou atiram " pedras do passado" à mãe da liberdade (leia-se ao  revolução de Abril de 1974) , eu estive e estou com ela, dou a cara e o corpo por ela. E como amante
da democracia, ofereço-lhe sempre cravos vermelhos com
o perfume da liberdade. E, é por tudo isto, que quando um dia eu estiver de partida, quero poder dizer, tal como o
poeta chileno Pablo Neruda, disse: Confesso que vivi!

Texto de Arlindo Costa. ( Em homenagem aos homens e mulheres que lutaram pela liberdade e democracia.)

Fevereiro de  2016.

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