quinta-feira, 31 de março de 2016

MORREU FERNANDO MENDES ANTIGO JOGADOR E TREINADOR DO SPORTING CP

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Morreu Fernando Mendes. O antigo jogador e treinador do Sporting faleceu nesta quinta-feira no Hospital Pulido Valido, vítima de doença prolongada.  Natural de Torrozelo, no concelho de Seia, Mendes tinha 78 anos e enquanto jogador representou a equipa principal dos leões desde 1956/1957 até 1967/1968. O antigo médio realizou 225 jogos e venceu vários títulos, dos quais se destacam três campeonatos nacionais, uma edição da Taça de Portugal e uma Taça das Taças, o único troféu europeu dos leões. Foi Mendes quem ergueu o troféu, como capitão da equipa.   Além do conjunto de Alvalade, representou o Atlético, somando ainda 21 internacionalizações pela selecção nacional. Em 1966, chegou a fazer parte dos eleitos para o Mundial de Inglaterra mas devido a uma grave lesão no joelho direito acabou por não participar na prova. Contudo, não deixou de apoiar a turma das quinas, tendo feito parte da comitiva lusa que alcançou o terceiro lugar em solo inglês.

Informação recolhida através do Correio da Manhã, online, hoje dia 31/3/2016, pelas 17h37

O PODER TEME AS CRIANÇAS

Segundo o padre Mário de Oliveira, o maior medo do Poder é o "da menina, do menino que vive, em estado puro, em cada criança". Daí que o Poder invista tanto nas crianças, acompanhando-as quase em exclusivo através da escola, da família, dos media, da publicidade, das diversões, das novas tecnologias. O Poder sabe que o menino que vive em cada criança recém-nascida é potencialmente subversivo, capaz de o pôr em causa e derrubar. Por isso, o poder tudo faz para domesticar, formatar e matar a criança. Os próprios pais, na sua esmagadora maioria, entregam os filhos ao poder, ao forçá-los a serem competitivos e a terem uma vida de dinheiro e de sucesso. Daí que as crianças de ontem sejam hoje adolescentes, adultos ou velhos sem alma, identidade ou originalidade. É todo um sistema podre que estraga a infância e a juventude, que nos torna escravos do relógio e do trabalho. Um sistema assassino que destrói a vida e a alegria.

Eis o teor de um correio electrónico acabado de chegar à minha toca

A " Máfia Financeira " não desarma.......

Lá vão os Zés da Europa pagar mais este escândalo........

Talvez agora entendam melhor porque razão a Alemanha exigia com tanto ardor a rápida devolução das dividas dos bancos Portugueses, Gregos, Cipriotas, Espanhóis... Era preciso esconder o escândalo da bancarrota do Deutsche Bank...
O Deutsche Bank afunda-se e os culpados somos nós...De há uns tempos a esta parte o Deutsche Bank tornou mais agressiva a sua campanha para captação de poupanças dos portugueses. Recusar tais ofertas será neste momento o mais sensato. O investir contra o orçamento português por parte de personalidades da nomenclatura da EU também pareceu estar a esconder outra coisa por tão despropositado que era.Para compreender as razões desta atitude, recuemos a algum tempo atrás, com a ajuda do Blog de Marco Antonio Moreno, em posts  dos últimos dias. 

O Maple Bank, alemão, seria quase desconhecido internacionalmente se não tivesse desempenhado um papel numa das batalhas de aquisição mais espetaculares na história da Alemanha: a tentativa, que acabou por fracassar, do fabricante de carros desportivos Porsche engolir a sua muito maior rival Volkswagen, em 2008. 

Os gerentes financeiros da Porsche fizeram transações complexas e fraudulentas com  derivados financeiros para a empresa com sede em Stuttgart para se apropriarem da empresa com sede em Wolfsburg. Este fato foi considerado uma criminosa manipulação de mercado. A investigação ainda está em curso. Se bem que o Maple Bank não tenha "importância sistémica" e, portanto, não constitua uma ameaça para a estabilidade financeira, vai afetar milhares de clientes, principalmente institucionais, que não podem retirar de lá o seu dinheiro.

 Cerca de 2.600 milhões de euros de passivos representam apenas uma pequena parcela dos depósitos de clientes individuais. Se a BaFin (autoridade reguladora financeira federal) determinar a compensação, o dinheiro é protegido pelo Fundo de Protecção de Depósitos da Associação de Bancos Alemães até 100.000 euros por cliente. Isso pode significar uma perda de impostos para a Alemanha de mais de 1.000 milhões de euros. 

O encerramento do Maple Bank é até agora a ação mais dura na Alemanha contra um banco em virtude de operações duvidosas, e passa a ser um aviso para outros bancos e fundos que têm manipulado o mercado inflacionando o valor de algumas acções ou afundando outras. 

Depois disto o Deutsche Bank começou a tremer: O maior banco privado na Europa tem 80 biliões (milhões de milhões) em derivados financeiros que se vão afundar como um castelo de cartas.

 Desta vez, sim, haverá risco sistêmico: é mais de 20 vezes o PIB da Alemanha e quase cinco vezes o PIB dos EUA e o Deutsche Bank pode desencadear um novo caso Lehman Brothers.

 As acções do banco caíram 40 por cento, até agora neste ano, e mais de 95 por cento desde 2008, ficando à vista  as nuvens negras e as tempestades que pairam sobre a Europa.

Os problemas do Deutsche Bank não vieram à tona em 2013. Ficaram escondidos, porque o que importava para os dirigentes da UE salientar era a crise grega, "a mãe de todos os problemas europeus", com a troika (FMI, BCE, CE), e mais recentemente também  Portugal foi atingido. 

As autoridades financeiras da zona do euro começaram a fechar bancos por fraude e lavagem de dinheiro, logo o Deutsche Bank é abanado nos seus próprios alicerces.O maior banco privado na Alemanha, e também o maior da Europa, teve de confessar perdas de 6.890 milhões de euros em 2015 (dos quais 2.000 milhões foram no quarto trimestre) e anunciou que irá despedir 35 mil trabalhadores!. 

O Deutsche Bank foi multado em 2.500 milhões de dólares pelas autoridades do Reino Unido e dos EUA, na sequência de uma investigação de sete anos sobre o seu papel na manipulação das taxas de juro.

A empresa alemã vai ser forçada a abandonar vários países e o seu novo presidente teve que reconhecer que só um milagre (uma guerra?, digo eu) poderia salvar o Deutsche Bank.Por esta altura, e depois de sete anos de apoios do BCE, as metástases do problema têm-se expandido.Tudo o que algumas teorias económicas negaram durante décadas que pudesse acontecer, aconteceu nestes oito anos de crise. 

Se em 2013 os media preferiram ignorar o colapso do banco alemão para dar prioridade à crise grega, era apenas para dar tempo para o Deutsche Bank  recuperar.

Mas a realidade económica e o passado criminoso do banco agravaram a situação que se torna impossível de recuperar. O Deutsche Bank é talvez o exemplo mais claro do antes e depois de um banco depois da crise financeira. À euforia de empréstimos fáceis, seguiram-se as trevas da deflação e estagnação do crédito. Se as injeções de liquidez bilionárias do BCE não recuperarem o banco e derem dinamismo à economia real, é porque o sistema entrou em colapso. E então há que o assumir, em vez da Alemanha disparar contra os riscos de não cumprimento dos déficites de outros países de economias mais débeis.  Os derivados financeiros não só distorceram toda a economia por via dos preços, como incubaram bolhas financeiras para cobrir posições e ganhar tempo. Mas eles não esperavam pela armadilha deflacionária porque, de acordo com o atual modelo económico, esse termo não existe. 

 O que hoje o Deutsch Banca representa é um enorme esquema Ponzi, com o desmoronamento da pirâmide criada nos anos 90 com a desregulação financeira mundial que nunca levou em conta os riscos reais.  A crise, fermentando, estava sob os narizes de todos, porque enquanto Merkel, Schäuble, Juncker Lagarde e Dijsselbloem argumentavam que o problema era dos bancos na periferia (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), eles não queriam revelar o verdadeiro problema da enorme dívida tóxica do Deutsche Bank, o maior banco privado da Europa!. 

O colapso do Deutsche Bank está a agitar todo o sistema financeiro mundial. Nas primeiros seis semanas do ano, o Deutsche Bank perdeu 40 por cento do seu valor mas não ficou sozinho nas perdas. O Citibank caiu 25 por cento, o Bank of America, o UBS e o Crédit Suisse 23 por cento,  o Goldman Sachs 20 por cento e o JP Morgan 18 por cento.

O sistema financeiro está em queda livre.  Só que desta vez, nem os bancos centrais nem os governos têm  quaisquer munições, a menos que saceiem raízes e façam desaparecer os fundos de pensões .A economia mundial parece estar presa numa espiral de morte. 

José Amaral

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GOVERNAR SEM AGREDIR

                                                              ALHOS E BUGALHOS

Acabaram por ser repostos os quatro feriados, dois civis e outros tantos religiosos, que um governo desnorteado, sem rei nem roque, havia anulado só para chatear, como  foi sendo demonstrado.
Com efeito, foi-se tendo conhecimento que não éramos o país europeu com mais feriados, como propalavam para justificar a sandice, e que tão néscia decisão não teve qualquer efeito na produtividade do país, outro dos argumentos, sabido que é serem bem outras as causas que a impedem de melhorar, como má administração das empresas, mau ambiente de trabalho e baixos salários.
Como o barulho não faz bem, e o bem não faz barulho, agrada-me ver o Governo colocar paulatinamente o país nos carris, para uma viagem de verdadeira recuperação, serenamente, sem farronca nem “bandeirinhas” na lapela.
Mas sou a favor da reposição dos feriados pelo seu significado intrínseco, histórico e religioso, e não porque se ganham mais uns quantos dias de descanso, como fazem questão de vincar alguns “trabalhadores” que já nasceram cansados…

                                         Amândio G. Martins




A nossa condição humana


   Ai!, se não fossem as/ Palavras.../ Qu’era de mim sem elas./ Ponho as/ Palavras/ no altar do coração,/ na defesa do desvalido/ do sem-abrigo/ também vítima de má acção.../
Na Invicta, minha amada/ depois da participação no Encontro dos Leitores Escritores,/ na UNICEPE, deambulei junto à Trindade p’la estrada/ vi e conversei com dois sem-amores/
e sem tecto, perturbados/ e cunhados/ p’lo torno e p’la eira/ sem beira./ Pés rapados,/ c’os andarilhos encostados/ ao asfalto frio de pés descalcetados/ – O senhor que faz?, é doutor?, perguntou o primeiro/
- Eu sei, é varredor!, gracejou o derradeiro./ Respondi: ‘Nós somos/ o que fazemos,/ o que não se faz não existe. Portanto só existimos/ nos dias em que fazemos’. Disse o luminoso Padre António Vieira.
A caminho da Ribeira/p’las vielas, / velhas/ e relhas/ prometeram-me tarde de diversão/ e já com a mão/ puxaram-me p’ró lancil da co-habitação./ Pássaros primaveris tocavam/ em gaiolas enferrujadas/
por cima das/ escadas/escuras e olhando-nos, gargalhavam./ Despedi-me: Divirtam a Vida/ qu’é Querida!/ –Olha queria letra!, responderam as bisavós escancarando bocas enrugadas/ com dentaduras
perfuradas.
A minha Querida cidade do Porto/ é um bom abrigo porto!

               Vítor Colaço Santos – tlm:919976299
               Estr. Principal, 34 – Areias
              2705-432 S. JOÃO DAS LAMPAS   V/casa

Nota: este texto foi publicado no PÚBLICO de 31/3; e eu, José Amaral, prometi ao Vítor, durante o nosso 3º encontro no Porto, publicar neste nosso partilhado espaço de A VOZ DA GIRAFA o que ele me enviasse para publicação, uma vez que me confessou ser um pouco avesso às novas tecnologias, não conseguindo, por isso, entrar neste espaço que há muito lhe foi franqueado.
José Amaral

quarta-feira, 30 de março de 2016

E sem tempo para nada


ando sempre apressado
sem tempo para nada
no mundo virtual 
fugindo do material.
escrevo em blogues
depois vou ao facebook
almejo o instagram
dispensando o twitter.
vejo através do skype
sem me locomover
tudo agora é escape
para nada se fazer.
e neste virtual viver
no mundo das tecnologias
para quê então sofrer
pensando em utopias?
os velhos que trabalhem
em confecções sem fim
pois só assim eles valem
trabalhando para mim.
José Amaral

A Selecção do nosso engano

- Os jornais nacionais rejubilam com a vitória modesta da nossa Selecção de futebol no jogo em Leiria contra a Selecção B da Bélgica. Jogo em terreno luso que estava para ser disputado em casa do adversário, e que foi alterado por via dos atentados terroristas. Mas vamos ao jogo, que é ao que vim. Os jornais da paróquia que relatam a vitória pela margem mínima, usam títulos, como por exemplo -"verdes anos", e ilustram a página com atletas que em partida anterior foram um desastre, e contra uma outra Selecção sem os pergaminhos daquela que nos defrontou em Leiria em tempo de Páscoa e de luto. É incrível que não façam um comentário sobre a qualidade da equipa que defrontamos, escamoteando que tal Selecção que nos visitou estava decepada dos seus melhores oito titulares, o que nos facilitou a tarefa, e agora nos faz embandeirar em arco, intitulando a nossa vitória como se de um grande feito se tratasse. Outro jornais colam parangonas como,- "Agora com Cabeça", e acrescentam,- "Vitória sobre o nº1 do ranking FIFA...". É com engodo destes que os portugueses são embalados e conduzidos ao fracasso, quer seja no desporto, quer seja nos contos das contas governamentais. Quando a realidade supera a ficção então aí vemos e sentimos de imediato o engano em que nos enfiaram e sem podermos defendermos-nos, de modo a evitar um maior fracasso, uma maior derrota. Ficamos sem defesa. A Selecção de futebol, jogou o que sabe e é pouco, tendo em conta os objectivos a que se propõem alcançar, e com alguma complacência da equipa contrária, que não esboçou grande esforço nem interesse para sair da recriação que demonstrou estar a fazer. No entanto os nossos comentadores de bola, escrevem e outros relatam aquilo que é do domínio do desejo e do sonho. Nenhum tem coragem ou visão, de friamente contornar a paixão nacionalista e escrever a nossa fragilidade que não dá para ir longe. A Selecção Búlgara que não valia um chavo, fez-nos ver e sentir isso, e a Selecção Belga com as ausências assinaladas, demonstrou que, mesmo com os que se mexeram em campo, a fazer com que o treino parecesse um jogo mais sério e a contar para alguma coisa importante, pela qual valesse a pena correr ou dar o litro. Não. Jogou para se entreter e cumprir calendário, dando com isto algumas pistas ao seu técnico para a constituição da que virá a ser a sua Selecção e da Bélgica nº1 da FIFA. O mesmo já não poderá dizer o nosso, pois anda muito confuso com tanto talento de que dispõe para formar o onze mais eficaz e os 23 que hão de acompanhá-lo. É assim com actos grandiosos como estes, que se enganam os tolos, mesmo sem papas e difíceis bolos... golos quero dizer. A desilusão toma forma, quando moldada por tais especialistas em paixões e tácticas serôdias para parolo ler, mais cedo ou mais tarde!

                                                                                  


NADA DE VERMELHO NA ESTRUTURA DO SPORTING CP



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O Senhor Bruno de Carvalho, digníssimo presidente do Sporting Clube de Portugal, proíbe a cor vermelha, para tudo e todos que fazem parte da estrutura do Sporting. Nada a opor, a tal decisão do principal responsável do clube do Visconde de Alvalade. Então para tal, um conselho que lhe deixo, comece para já a cortar a língua ao leão (que é vermelha), e é o símbolo do clube Sporting Clube de Portugal.

(Texto-opinião, publicado na edição do Correio da Manhã de 1 de Abril de 2016)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45870 do Diário de Notícias da Madeira de 5 de Abril de 
 2016)  

(MÁRIO DA SILVA JESUS

A 30 DE MARÇO DE 1922 - PRIMEIRA TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO SUL

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A 30 de Março de 1922, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, partem de Lisboa, a bordo do hidroavião Lusitânia, tendo por destino o Rio de Janeiro. Dão, assim início à primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que foi concluída com sucesso pelos aeronautas portugueses, no contexto do primeiro Centenário da Independência do Brasil.

Afinal, que coutada é esta?


Pelas negativas notícias vindas diariamente na comunicação social, parece-nos que Portugal está transformado numa coutada de malfeitores.
Assim, olhamos uns para os outros tentando descortinar quais são mais capangas que aqueloutros.
São mega processos de más condutas e crimes de lesa pátria; são hospitais a boicotar cirurgias; são bancos transformados em covis de gatunos; são os constantes desregramentos sociais, com mortes à mistura; são os mais novos a destratarem os mais idosos em todas as vertentes vivenciais; são os escandalosos vencimentos de topo equiparados ou até superiores aos que são praticados nos países mais ricos, enquanto os ordenados de base e da média são muito inferiores aos que nesses países são pagos.
Enfim, a amálgama é tanta, que uns poucos ganham tudo, enquanto a maioria é tratada como sucata. Todavia, dizem-nos que temos leis das melhores do mundo civilizado, mas pensamos que as suas malhas estão bem calibradas para não serem presos os tubarões do nosso infortúnio colectivo.

José Amaral

Hugo Ernano! Volta que estás perdoado!


Tomamos conhecimento que no bairro da Ameixoeira, em Lisboa, durante uma ‘fraterna’ rixa entre indivíduos da sempre bem comportada etnia cigana, vários polícias foram baleados.
Perante tão ‘cândido’ acontecimento de faroeste daqui fazemos o seguinte apelo: Volta Hugo Ernano que estás perdoado, logo que não uses a arma que te foi distribuída para manteres a ordem pública! Isso, só os prevaricadores o podem fazer, com o consentido desplante de se rirem da sociedade onde estão inseridos, bem como de todas as forças da lei.


José Amaral

NOBREZA DE TANGA

Apesar de vivermos numa espécie de república, há até quem a apelide "das bananas", existe na cidade do Porto junto à sede da freguesia do Bonfim uma série de artérias com nomes do tempo da monarquia pelo que indico apenas os títulos nobiliárquicos tais como duques, barões, condes e viscondes. Pois apesar de toda esta nobreza, as ruas estão pessimamente iluminadas sendo um milagre circular por elas à noite sem se ser assaltado. Mas não se estranhe, pois durante o dia, o assalto à bolsa dos automobilistas já tão martirizados por tantos impostos e taxas, a Câmara alargou os pontos de estacionamento pagos de 4.234 para 6.000, um significativo aumento de 42,50% e desta feita os moradores desta zona não foram esquecidos e irão contribuir para os lucros da sortuda empresa que ganhou a concessão. E numa espécie de absolutismo dos tempos da monarquia, já vi a colocação de tabuletas a permitir o estacionamento em locais até aqui proibidos por questões de regras de trânsito ou por se entender que impedia a fluidez do mesmo. Como recém freguês do Bonfim, sugiro ao senhor Presidente da autarquia para que com o encaixe dos muitos milhões deste negócio, mande aumentar também os pontos de luz e já agora para substituir as lâmpadas antigas pelas de nova geração vulgarmente conhecidas por LED entrando dessa forma para o clube dos amigos do ambiente e simultaneamente poupar uns quilowatts na conta da luz da autarquia. Não quero acabar sem lhe lembrar que apesar de tanta nobreza, por aqui só vejo plebeus e tesos.
Jorge Morais
 
Publicada no Jornal DESTAK em 30.03.2016

terça-feira, 29 de março de 2016

Quero continuar a ser filha dos meus pais


Embora evite a "transcrição", por vezes tenho que abrir uma excepção. Penso que vale a pena ler este artigo de Laurinda Alves e meditar um pouco sobre o assunto. Apesar de no meu caso pessoal já não os ter vivos, sou testemunha destas situações pois tenho os meus sogros connosco.

«A partir dos quarenta e muitos, cinquenta e poucos, todos começamos a sentir que os papéis se invertem nas famílias e caímos na conta de que mais ano, menos ano, seremos convocados a cuidar dos nossos pais. Confrontados com doenças crónicas, ou chamados de emergência depois de acidentes cardiovasculares cerebrais, quedas e até atropelamentos provocados por distração, falta de audição ou visão, damos connosco atordoados e aflitos, sem saber o que pensar. Pior, sem sabermos o que fazer. Como agir, a quem recorrer, como ajudar?

O ‘como’ é a grande questão que atravessa as nossas vidas. Saber como, é, porventura, mais importante do que saber o quê e porquê. Muitas vezes nem chegamos a perceber os ‘porquês’ do que nos acontece, mas nunca poderemos evitar os ‘como’. O problema é que a vulnerabilidade dos nossos pais – mesmo quando eles não se queixam ou tentam disfarçar! – consome-nos, para-nos e obriga-nos a repensar muita coisa. E a aprofundar este grande ‘como’, para percebermos como havemos de fazer para os ajudar a viver essa etapa de novas dependências, como podemos ficar mais próximos ou estarmos mais presentes sem termos que renunciar à nossa vida pessoal, profissional e conjugal.

De Luaty até aos vendilhões pátrios

Acabamos de saber que Luaty Beirão – activista e símbolo de resistência ao poder instituído – foi condenado a cerca de seis anos de prisão por ter cometido o ‘nefando crime’ de ter atentado contra o muro de betão do Governo de Luanda, cujos seus membros pensam que só existirá Angola com eles eternamente no poleiro.
Entretanto, na ‘grande tabanca do homem branco’, como antes os antigos ultramarinos apelidavam Lisboa, os vendilhões do Império Perdido recriminam a devolução à Pátria dos quatro feriados usurpados ao Povo e à Nação.
Se o primeiro de Dezembro nada lhes diz, o cinco de Outubro pouco lhes acrescenta, uma vez que o seu rincão, agora, assenta na corrupção que lhes engorda os odres.
Entretanto, os feriados do Corpo de Deus/Divino Espírito Santo e de Fiéis Defuntos para os mesmos apátridas também nada lhes diz.
Corpo de Deus ou Espírito Santo, este último, gordo pecúlio lhes acrescentou ou acrescentava.
Quanto a Fiéis Defuntos pior ainda. Se os defuntos lhes tivessem sido fiéis em vida, isso sim. Agora mortos, ‘cevada ao rabo’.

nota: este texto também foi publicado pelo blogue OVAR NOVOS RUMOS, nesta mesma data (29/3), e no PÚBLICO de 31/3.


José Amaral

SER OU NÃO SER

                                     MENOS BANHA E MAIS VERTICALIDADE!

Uma dessas figuras anedóticas que enxameiam a cena política, deputado paraquedista por Viana do Castelo, um tal Abreu Amorim, que cansa quem o ouve de tanto guinchar no Parlamento, atirando a  sua “ética” às barbas de quem se lhe opõem, nega ter assinado uma petição de apoio à recandidatura de Pinto da Costa a um novo mandato.
Sujeito de várias caras, não tem coragem de assumir as suas atitudes; tendo feito daclarações altamente ofensivas para a direcção do F.C. do Porto, não sabe como há-de explicar por que, meses antes, tinha pedido a sua recondução…
Só que a comissão de apoio a Pinto da Costa, perante a falta de vergonha da criatura, não esteve com “panos quentes” e veio partir a loiça, expondo publicamente as debilidades de carácter do “hominho”, exigindo-lhe que tome uma decisão clara, confirmando a assinatura ou processando-a por falsificação!


                                                                    Amândio G. Martins

DIREITOS HUMANOS, POR LINHAS TORTAS

PSD,CDS,PCP chumbam na Assembleia a condenação da repressão em Angola.PS e Verdes, abstêm-se!

Um povo não é os seus governantes, se bem por vezes sejam cúmplices e se pareçam. A quantidade de gente estúpida e de gente arrogante, que se encontra e concentra geograficamente, num dado momento, não define nem as características gerais nem os traços de carácter de um povo. São somente uma quantidade inusual de gente estúpida e de gente arrogante que se encontra casualmente em determinado local do globo.

Dito isto, não se pode elaborar um guia da identidade dos países. Por exemplo, nós somos tanto de saudade, inveja e futebol, como possivelmente os islandeses também o são em partes iguais, mas não o sabemos porque desconhecemos a língua, não ouvimos o que eles dizem de si próprios, e a haver alguma dissimilitude será no futebol, que o seu clima não se propicia a desportos a céu aberto.

Com isto, ficamos numa posição moralmente honesta, para considerar que nenhum povo, nem raça, nem país, se define por gostar de sardinha ou ser mais dado ao kizomba (se fossemos por aí, a quantidade de miúdos e menos miúdos que por cá ouvem este tipo de mais ou menos música, diríamos que o Kizomba é uma característica de ser português!).

Queixa à ERC

O leitor Valdemar Melo mostrou interesse em que se publicasse, neste blogue, a sua queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social


Para:
Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)
Avenida 24 de Julho, n.º 58
1200 – 869 LISBOA
e-mail: info@erc.pt
(Com pedido de recibo)
Vila Nova de Gaia, 21 de Março de 2016.

ASSUNTO: ALTERAÇÃO UNILATERAL DE TEXTO POR PARTE DO JORNAL DE NOTÍCIAS (JN) – QUEIXA.

  1. Em 2015.12.16 foi remetido ao Jornal de Notícias (JN), por via electrónica, um texto relativo à eleição para Presidente da República, que envio em anexo, para conhecimento, a fim de que o mesmo fosse publicado na Página do Leitor, se o JN assim o entendesse.
  1. Na edição do JN de 2016.01.18, constatei a publicação de um texto relativo ao assunto, cuja reprodução envio também em anexo, com o meu nome e endereço electrónico, mas cuja autoria não é minha, porquanto o mesmo, para além de amputado, foi alterado unilateralmente por parte do JN!
  1. Da comparação dos textos referidos nos pontos anteriores, ressalta que são notórias as supressões de conteúdo e, em especial, as alterações unilateralmente introduzidas pelo JN, inclusivamente no seu título.

PARA O INFERNO COM TELEMÓVEIS E COMPUTADORES!


"O Poder tem o condão de reduzir os seres humanos a coisas, mercadorias, objectos. (...) Já houve regimes totalitários, ditaduras, fascismos. Mas é a primeira vez na História que o Poder financeiro (...) se afirma sobre todo o Planeta e o próprio Universo. Já nem é Poder económico, como nos séculos passados. Só Poder financeiro. E global. Devora a Economia. A Política. O meio ambiente. A Vida. Até devora a mente das populações onde já se alojou como em sua própria casa. As quais, por isso, deixam o ser, para serem coisas, mercadorias, objectos, cadáveres ambulantes que respiram ar cada vez mais envenenado. Autoproclama-se Deus omnipotente, omnisciente e omnipresente. (...) A descriação global".
(Padre Mário de Oliveira, "Pratico, Logo Sou")
Esta gente não se apercebe de que o poder financeiro, aliado ao poder político e ao poder mediático, está a destruir a Vida e o Homem. A grande maioria prossegue nas suas vidinhas, como se nada fosse, e não ouve nem lê Nietzsche, Jim Morrison, Henry Miller, Jesus, Walt Whitman, William Blake, Sócrates, Platão, Aristóteles, Marx, Bakunine, o padre Mário de Oliveira, Agostinho da Silva. A grande maioria limita-se a cumprir os seus dias, as suas tarefas sempre iguais, a morrer dia após dia enquanto é escravizada e alienada. A grande maioria passa a vida a dormir. É preciso um grito, um trovão que os acorde! Ou então teremos que ser nós, a minoria, a unir-nos, a juntar-nos em comunhão, em assembleias livres. Nada queremos com os palácios do poder! Ignoremos as figuras fantasmagóricas televisivas. Juntêmo-nos em redor da fogueira. Ergamos o novo mundo. Na paz, no amor, na liberdade, na poesia. Sim, nós descobrimos a maravilha. Anjos e fadas dançam no nosso espírito. Mas também demónios. Saibamos extrair deles a sabedoria selvagem de Zaratustra. Brinquemos com a criança sábia. Completemos o poema. Filosofemos. Discutamos a polis. Não mais relógios. Não mais obrigações. Não mais telemóveis. A Terra é nossa. Abandonai tudo.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Os leitores não escrevem para a Notícias Magazine?


Sou leitora da Notícias Magazine há alguns anos (cerca de dez) e muito raramente escrevo para o espaço «Do Leitor», por falta de tempo, sobretudo.
Este fim-de-semana, com mais disponibilidade, resolvi escrever-lhes por dois motivos. O primeiro, para felicitá-los quanto à qualidade e interesse de grande parte dos temas da edição deste domingo de Páscoa. Desde logo, a «crónica ilustrada» de Afonso Cruz (todas as verdades ditas sobre o riso e o choro – para mim, o choro é mais fácil que o riso!!); a interessante entrevista com o padre Feytor Pinto ; o caso insólito de JP Simões que, em 2007, deu um concerto apenas para uma pessoa!); e, finalmente, o artigo que serviu de conversa com o meu marido: «que árvore quero ser depois de morrer?». «Oliveira, diospireiro» – dissemos um ao outro. Parabéns ao casal que está a desenvolver este projecto das urnas biodegradáveis em Portugal e que tem por trás esta bela ideia: sermos, depois de morrer, semente para uma nova vida!
A segunda razão por que lhes escrevi é esta: tenho reparado, com tristeza, que a página «Do leitor» é não uma, mas menos que meia…

Duas vozes insuspeitas


Ouvi ontem o diretor de informação da RTP Paulo Dentinho, e o embaixador José Cutileiro, dizerem coisas muito importantes. Importantes, mas que não são, de todo, novidade. Assim sendo, porque estou eu, dentro das minhas limitadas possibilidades, citando-os? Porque embora não sendo novidade para quem ande razoavelmente informado, é muito importante citá-los, porque se tratam de duas vozes insuspeitas, e porque tais factos, a esmagadora maioria dos media, incluindo, evidentemente, os do grupo onde Paulo Dentinho é diretor, passam por eles como cão por vinha vindimada ou nem isso. E quando alguém consegue divulgá-los, é logo catalogado de comunista, esquerdista ou anti-americanista primário. No programa Visão Global da Antena 1, onde o embaixador é comentador, disse esta coisa tão confirmada mas tão desconhecida por tanta gente: o principal financiador e suporte ideológico/religioso do Daesh é a Arábia Saudita, grande cliente dos EUA em armamento e com quem este país tem excelentes relações. Paulo Dentinho,convidado do programa da Antena 3 “Por Estes Dias”,corroborou tudo isto, mas disse mais ,disse que a França ainda recentemente também vendeu 23 aviões de combate ultimo modelo ao Catar, outro apoiante daqueles fanáticos assassinos. E disseram ambos que aquando da tomada de posse do atual rei da Arábia Saudita, toda a corte dos que”lamentam e condenam”os hediondos crimes do Daesh/Estado Islâmico, lá foi ao beija-mão. Perante a pergunta de que quando é que esta conivência criminosa (palavras minhas) acabaria, Paulo Dentinho respondeu que talvez quando aquele grupo terrorista cometa outro crime, mas de muito maiores dimensões, porventura com armas químicas, que poderão já possuir.

TERRORISMO E SOLIDARIEDADE

Eu sei que o vou escrever não vai sem consensual.
Sei que os tempos que vivemos convidam ao extremar de posições e a alguma falta de lucidez, que por sua vez nos impele e ter atitudes mais ditadas pelo coração do que pela razão.
Estou obviamente solidária e sinto uma enorme dor e revolta pelos acontecimentos de Bruxelas e por todos os inocentes que perderam a vida naquele 22 de Março.
Mas, permitam-me porque não consigo ser diferente, sinto igualmente uma enorme dor e revolta por todos os inocentes que nos últimos dias morreram igualmente em atentados terroristas, perpetrados por extremistas na Turquia, Nigéria, Chade, Camarões, Costa do Marfim e Iraque ( onde num jogo de futebol um bombista suicidas conduziu à morte 3 dezenas de pessoas e deixou gravemente feridas mais quase meia centena de iraquianos).
O dia de Páscoa ficou marcado no Paquistão com um ataque que provocou até ao momento 72 mortes e 359 feridos.
Não podemos ficar só indignados quando os atentados são na Europa ou nos Estados Unidos.
O terrorismo é uma resposta cega e cruel e as vitimas, são quase sempre inocentes, seja qual for a zona do globo em que estes aconteçam.
Fundamentalismo de opinião é campo fértil para mais violência.
Basta ver o que aconteceu ontem em Bruxelas com a triste manifestação de apelo à violência a que todos assistimos.
Não será certamente assim que conseguiremos vencer o terror.

Graça Costa

António Guterres na ONU ?

A eventual candidatura de António Guterres, a apresentar pelo governo PS, para secretário-geral da ONU, só se concretizará com sucesso se merecer o apoio dos Estados Unidos da América (EUA).

Nas últimas duas décadas e meia, após o desmantelamento da União Soviética e por arrastamento do sistema socialista, o capitalismo liderado pelos EUA transformou a ONU num instrumento ao sabor das suas estratégias e interesses.

A ONU tem assistido quase impávida e serena, a violações sistemáticas do direito internacional, como as que desencadearam guerras de destruição no Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria, o desmembramento da ex-Jugoslávia e a eternização da ocupação israelita na Palestina.

O Provedor do Leitor do Público corrigiu o erro

"3.º Encontro Leitores/escritores de cartas

Na referência que fiz, na segunda-feira passada, a este encontro, errei ao considerar Maria Clotilde Moreira como promotora destes encontros. Peço desculpa e rendo a minha homenagem à sua pioneira nesta organização, Maria do Céu Mota."

(obrigada aos que se deram ao trabalho de procurar corrigir o lapso junto do provedor - entre eles eu mesma e a própria Clotilde!)

HAJA VERGONHA

                                                 ANTES BOIS DO QUE “BOYS”

A situação na Segurança Social de Braga, com o director a comportar-se como se de coutada sua se tratasse, praticando todo o tipo de tropelias contra o pessoal, que acabam por se reflectir em “baixas médicas” e no atendimento aos utentes, é o paradigma de um problema que demonstra a total falta de escrúpulos e de vergonha de todos quantos vêm perpectuando este sistema de satisfação de clientelas.
É evidente que o fulano que dirige aquele serviço carece de capacidade profissional e moral para tal cargo; todavia, dizem os seus correlegionários, foi aprovado pela famosa “cresap”, decisão de que o actual Governo – acrescentam – quer fazer tábua-rasa para lá colocar os seus militantes…
E é este tipo de afirmações que revela a podridão de um sistema que permite que os lugares da administração pública estejam em leilão sempre que há mudanças na governação do país. É tamanha a incongruência destes “impolutos” da Direita na defesa do seu “boy” que nem se dão conta de nos estar a tratar a todos por parvos, pois aquilo de que acusam os actuais governantes foi mesmo o que eles praticaram em larga escala logo que alcançaram o Poder.
Da tão propalada reforma do Estado que o anterior Governo se propôs, cometendo a tarefa de desenhá-la ao vice p.m. Portas, ficou para a história apenas o aborto parido por esse grande génio da nossa cena política.
Mas de uma séria reforma do Estado deveria ficar gravado na pedra que todos os lugares na administração pública jamais poderão ser coutada de partidos políticos, ficando claro que as chefias serão sempre nomeadas pela sua competência para cada caso, e as movimentações, quando necessárias, terão sempre como motivo a melhoria nos serviços, promoções para outros cargos. etç, e nunca porque um qualquer parasitóide teve uma “cunha” a que não se podia dizer “não”.


                                                Amândio G. Martins

A 28 DE MARÇO DE 1810, NASCEU ALEXANDRE HERCULANO

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A 28 de Março de 1810, nasceu no Pátio do Gil, na Rua de São Bento, em Lisboa, Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, que foi historiador, escritor, jornalista e poeta português da era do romantismo.
Na sua infância e adolescência não pode ter deixado de ser profundamente marcada pelos dramáticos acontecimentos da sua época: as invasões francesas, o domínio inglês e o influxo das ideias liberais, vindas sobretudo da França, que conduziram à Revolução de 1820. Até aos 15 anos frequentou o Colégio dos Padres Oratorianos de S. Filipe de Nèry. então instalados no Convento das Necessidades em Lisboa, onde recebeu uma formação de índole essencialmente clássica, mas aberta às ideias cientificas. Impedido de prosseguir estudos universitários (o pai cegou em 1827, ficando impossibilitado de prover ao sustento da família) ficou disponível para adquirir uma sólida formação literária que passou pelo estudo do inglês, francês, italiano e alemão, línguas que foram decisivas para a sua obra literária.
Estudou Latim, Lógica e Retórica no Palácio das Necessidades e, mais tarde na Academia da Marinha Real, estudou matemática com a intenção de seguir uma carreira comercial.
Como liberal que era teve como preocupação maior, estabelecida nas suas acções politicas e seus escritos, sobretudo em condenar o absolutismo e a intolerância da coroa no século XVI para denunciar o perigo do retorno a um centralismo da monarquia em Portugal.
É grande e vasta a sua obra; (que se torna quase impossível de transcrever os nomes de todas elas neste espaço), destacando-se com obras de Poesia; Teatro; Romance; Romance Histórico; História; Opúsculo.
Veio a morrer em 18 de Setembro de 1877, na Quinta de Vale de Lobos, Azóia de Baixo, Santarém.

domingo, 27 de março de 2016

DADORES INJUSTIÇADOS



Em 2012, o JN publicou esta carta (com muitíssimos cortes) que aproveito para vos dar a conhecer hoje e na integra,  Dia Nacional do Dador de Sangue e pelo facto do blogue A Voz da Girafa ainda não se fazia ouvir naquela época. Infelizmente, li hoje na imprensa, que as dádivas caiem em flecha há cinco anos.


“Todas as pessoas que praticam o gesto solidário de dar sangue, merecem o respeito e gratidão de todos. Não falo por mim, pois nunca fui dador. Quando se iniciaram nessa nobre missão, era a troco de nada. Mais tarde, sem nada pedirem, alguém se lembrou de oferecer uma prova de reconhecimento, salvo erro, um cartão de dador que lhes facultava a entrada nos hospitais para poderem fazer visitas sem estar à espera de vez. Muito mais tarde, a oferta foi de os isentar das taxas moderadoras. Dizem que o sangue não se vende, dá-se. Os próprios dadores, sabem-no melhor do que ninguém sendo ofensivo lembrar-lhes isso, mas não é justo serem-lhe retiradas aquelas ofertas. Desde que o senhor Ministro da Saúde teve a infeliz ideia de tirar-lhes estas regalias, ando para escrever sobre o assunto, mas na esperança que o bom senso o visitasse, fui adiando esta missiva pois estávamos perante um assunto que devia ser tratado com pinças e de luvas hospitalares, mas infelizmente foi tratado a bisturi. Chegamos, como era fácil de prever, à situação de roturas de stocks, cirurgias adiadas, e qualquer dia, falecimentos. Resta-nos a importação de sangue, solução muito mais onerosa que a restituição da isenção das taxas moderadoras aos dadores. Bem sei que o responsável, sendo oriundo da banca, onde os genes não se compadecem de ninguém, são arrogantes e prepotentes, bastando-lhes, quando têm necessidade, alterar as tabelas. Ainda agora, acabei de receber a última e até pensei tratar-se da lista de preços de algum restaurante três estrelas do Guia Michelin. Quem lhe escreve, senhor Ministro, apenas frequenta a universidade da vida, sem créditos do Processo de Bolonha, apenas com o processo de ter Vergonha e todos os dias, continuo a ter aulas práticas. Ainda hoje, no supermercado, uma senhora idosa à minha frente, perguntou à funcionária da caixa em quanto já ia a conta. Como ultrapassava as suas posses, envergonhada, pediu para retirar três artigos senhor Ministro. O senhor não tem destas aulas pois deve fazer as compras pela internet ou alguma loja gourmet, onde nunca tem que ser retirado qualquer artigo. Já agora e para terminar, permita-me que lhe dê uma aula. O senhor foi nomeado, entre outras coisas, para tratar da saúde do povo. Por amor de Deus, não queira que seja o povo a tratar-lhe da sua. Pense bem. 
Jorge Morais"