sexta-feira, 22 de abril de 2016

A consciência tranquila


“Estou de consciência tranquila” diz o político que apesar de andar durante largos anos “no arame” só após o afastamento da coisa pública, começa a ser investigado pela “excelente” gestão que fez a favor de si e dos seus, enquanto presidente de qualquer coisa!

Quando algum destes figurões cai nas malhas da justiça, a caminho das inquirições lá aparecem escoltados pelo staff de advogados de renome (que são sempre os mesmos, diga-se de passagem). 
E quando o jornalista, que também costuma estar nestas coisas, pergunta (e reparem que não serve qualquer vocabulário, tipo: você roubou, ou matou?
Normalmente é o Senhor Dr. isto… ou aquilo…? Porque podem ter roubado, matado, serem ladrões, corruptos, mas continuam a ser doutores, neste país em que qualquer licenciatura dá equivalência a um doutoramento.

E então do alto da sua “honestidade” e com o ar mais inocente, vem a resposta sacramental:
 -Tenho a consciência tranquila!

Tenho que confessar que fico comovida de verdade… até… à gargalhada.

Porque ainda estou para encontrar um destes figurões com consciência! 

Aquela coisa que está em nós para fiscalizar o nosso comportamento; que nos alerta quando estamos a pisar o risco; Que nos ajuda a moderar os maus instintos; enfim aquela coisa que ninguém vê mas que é das mais importantes do nosso património genético e que sem ela o mundo era uma selva ainda maior.

Então como pode este tipo de gente, ter uma consciência tranquila se certas pessoas por qualquer deficiência no seu ADN, que alguém saberá explicar melhor que eu, não possuem consciência, menos ainda tranquila?

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