sexta-feira, 15 de abril de 2016

Haja princípios

Para além dos directamente interessados na existência dos offshores, há sempre quem venha defender a peregrina ideia de que não se deve acabar com eles. Os argumentos do costume, lérias mais próprias de quem quer “enganar o menino e papar-lhe o pão”, a mascarar interesses inconfessáveis, são as extremas complexidade e dificuldade em extingui-los e ainda a razão “suprema” de que a abolição só funcionaria se fosse a nível global, quando não, os países justos e as suas empresas sairiam prejudicados na competitividade. Menos vulgar, mas também já a li, é a suposta “utilidade” que os offshores têm para os governos na luta antiterrorista. Boa! Sabendo-se que anda por lá muito do financiamento dos grupos terroristas, então vai-se poupá-los? E não repugna aos defensores de ideias tão mirabolantes que Estados dignos chafurdem em ilegalidades desta gravidade para prosseguirem lutas justas? Os fins justificam todos os meios? Haja princípios! 

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