quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Ondas de secretários com pouco interesse público

Têm andado na crista da onda, as borlas que a Galp distribuiu para jogos do eurofutebol em França, entre outros, aos secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, da Internacionalização e da Indústria.

PSD e CDS tentam surfar a onda da polémica, mas as suas pranchas não reúnem todas as condições políticas e éticas para tal.

A Galp, também ficaria mais bem vista, se cessasse com a ofensiva que desenvolve contra os seus trabalhadores da Petrogal, a quem pretende retirar direitos na contratação colectiva, reformas e saúde.

Entretanto, pouco se surfou, mesmo a comunicação social, a onda dos secretários de Estado da Administração Interna e das Comunidades, que na fronteira de Vilar Formoso, deram as boas vindas aos emigrantes embrulhadas num saco que promovia um banco privado (BPI), concorrente da Caixa Geral de Depósitos, numa altura em que o banco público sofre ataques dos que nunca desistiram de tentar a sua privatização.

Também o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, não gosta de taxistas e prefere surfar na onda da multinacional uber. Mais antiga é a onda do secretário de Estado do Ambiente, que residindo em Cascais, pretendia receber um subsídio de alojamento, para pagar a casa que comprou no Algarve.

Estas são ondas duma política de direita, que durante quatro dezenas de anos conduziu a governação de Portugal, em que o interesse público e a soberania pouco contaram, e que os resultados eleitorais de Outubro de 2015 criaram algumas condições para inverter.


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