domingo, 16 de outubro de 2016

A QUESTÃO CENTRAL



A questão central da política nacional chama-se União Europeia. Pois é a partir de Bruxelas e/ou Berlim, que se tomam as decisões que a condicionam. Por exemplo: pelo menos aparentemente, ninguém está satisfeito com o Orçamento de Estado (este para 2017 e os últimos) e porquê? Porque o serviço da Dívida Pública, que só em juros absorve cerca de 10 mil milhões de euros por ano, impede qualquer desenvolvimento económico, gera recessão, e faz com que a mesma suba incessantemente, situando-se atualmente à volta dos 140% do PIB. Portanto, se não se alterar esta realidade, por muitas engenharias financeiras que se façam (e o atual Governo fê-las, sendo este, portanto, o orçamento possível) não haverá OE que nos valha. Assim, das duas três: ou renegoceia-se a dívida, coisa que a Direita não quer e o PS ainda não admite, saímos da UE, hipótese que apenas o PCP e algumas personalidades independentes preconizam, ou reforma-se a UE, o que o partido atrás citado, afirma ser impossível, ou nada se faz, e eis a quadratura do círculo. Mas há-de fazer-se!Se não for antes, será de certeza depois disto cair de podre. Esperemos que não,mas para isso, o povão não pode ficar de braços cruzados. Se ficar, alguém decidirá por e contra ele.
Francisco Ramalho

Corroios, 16 de Outubro de 2016

1 comentário:

  1. Qualquer cidadão com o sentido de responsabilidade, e algum conhecimento de economia e contabilidade, sabe que a dívida pública, que é nossa, (aos credores não interessa muito que governos a contraíram), tem de ser negociada,pois os juros absorvem para lá do crescimento económico do país. Empurrar o problema para frente, só vai agravá-lo. A própria UE, se fosse dirigida com respeito pelos cidadãos, devia ela própria interessar-se pela situação. Quem tem maus sócios não pode obter bons resultados na tarefa comum. É a vidinha!

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