quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A DEMAGOGIA DA DIREITA E AS SOLUÇÕES PARA O PAÍS



A Direita já está arrependidíssima de ter denominado de geringonça a atual solução governativa. Porquê? Porque se desmente a si própria. Geringonça, significa coisa mal feita que se escangalha facilmente, engenhoca… Já fez um ano, e pelo vistos, está aí para lavar e durar. Ou seja, está aí para durar até ao fim da legislatura. Portanto, o governo do PS com apoio parlamentar do PCP, BE e Verdes não é a coisa ridícula e provisória que a Direita depreciativamente apelidou de geringonça. Aliás, as sondagens que, como soe dizer-se, têm o valor que têm, mas por tão esmagadoras que são, aí estão a confirmá-lo. A Direita exagerou e enganou-se. Redondamente. Mas também há exagero e injustiça da parte do eleitorado ao atribuir a parte de leão do mérito da governação ao PS. O PS sozinho nem sequer formava governo. E se o formasse,sem o apoio que tem na AR, não praticava a política que pratica e caía. E mais, se a solução encontrada não funciona ainda melhor, a culpa não é de quem apoia o Governo na AR, mas sim do PS. Por exemplo, o imbróglio altamente negativo da Caixa Geral de Depósito, PCP, BE e Verdes não foram vistos nem achados e criticam-no. Sobre o garrote que representa as condições de pagamento da dívida publica que só em juros engole à volta de 10 mil milhões de euros por ano, impedindo o investimento publico crucial ao desenvolvimento do país,se ele, o garrote ,não é aliviado, a culpa também é do PS que não cede à exigências dos seus parceiros na AR para renegociar as condições de pagamento, nomeadamente os juros.
Portanto, a solução justa para o país não é nem nunca foi a Direita, mas também não é o PS sozinho. Aliás, como sempre se constatou e constata. Evidentemente que não é fácil sairmos da difícil situação a que os sucessivos governos, nomeadamente o ultimo PSD/CDS, conduziram o país e com os condicionalismos impostos pela União Europeia. O PS deu agora um passo positivo. Tem que dar mais. As soluções para o país passam pelo reforço à esquerda do PS nomeadamente pelo do partido mais consequente e de longe, com maior implantação no mundo do trabalho, no movimento sindical, nos sectores vitais da vida nacional, o PCP.
Francisco Ramalho
Corroios, 28 de Novembro de 2016


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