quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

As migalhas do Salário Mínimo Nacional (SMN)car


As Confederações patronais são a favor duma política de empobrecimento, já que usam a Concertação Social como trincheira para alterar a seu favor o modelo laboral, impondo salários
baixos. O regresso ao passado não pode acontecer com trabalhadores a ganhar salários míseros
que darão reformas minguadas.  O aumento do SMN não originou desemprego nem encerramento de empresas. A pretexto da competitividade, o trabalho foi precarizado e o horário de trabalho desregulado (trabalha-se mais de 8 horas por jornada e não se recebe o valor das horas extras). É preciso melhorar a qualidade de emprego, erradicar as soluções de
instabilidade laboral e retomar a contratualização colectiva.
   Apesar de conhecerem há um ano o valor do SMN proposto pelo Governo, as Confederações patronais - ainda preparam as suas propostas… encarando o aumento com estafada relutância
máxima. O presidente da Confederação do Comércio tem a sem vergonha de exigir contrapartidas estatais, para os patrões aumentarem o SMN. Assim: Os salários serão subsidiados por todos nós! Qualquer valor do SMN abaixo de 557 euros é uma esmola que exige
uma posição sindical - firme. E mesmo este valor, com um acréscimo de 27 euros/mês, nem paga dois cafés por dia…
   O actual desequilíbrio social, reequilibra-se com a proteção e valorização do trabalho e uma
distribuição justa do rendimento.
   Mais importante ainda do que concertar posições é implementar um SMN que dê alguma dignidade a quem trabalha. 

                                                  artigo de opinião de Vítor Colaço Santos


1 comentário:

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