terça-feira, 27 de junho de 2017

O Incendiário

O líder inseguro da oposição, está morto por sair de trás da moita, e brandir as mais de seis dezenas de carbonizados no mega incêndio que devastou a floresta da região centro do país, numa tentativa de diminuir a impossibilidade de chegar de novo à governação, de onde foi corrido ou saiu queimado. Num aproveitamento desumano e condenável, Passos Coelho, usa de um discurso demagógico, mentiroso, e pior, incendiário. Não lembra ao diabo, o mesmo que esteve presente em Pedrógão, Figueiró do Vinhos, Castanheira de Pêra, Góis, Sertã, Pampilhosa da Serra, e arredores, tal aproveitamento do horror não catalogável nos tempos mais modernos e melhor equipados, agora definível, holocausto luso. O seu semblante lembra-nos, de cada vez que usa a palavra, outros tempos, velhos, que julgávamos enterrados ali por Santa Comba Dão, aonde repousam cinzas, ou múmia de má memória. De nada lhe vale pedir desculpa por ter-se precipitado nas declarações avançadas, pois o emendar da mão já não detém o fogo ateado. O seu azedume ressabiado, perdura, e exibe-o na lapela fora de moda, e o seu olhar envenenado com que vê a desgraça ocorrida nos dias de chamas assassinas na E.N. 236, é disso prova, e sem rebuço, dela, tenta tirar proveito e lançá-la sobre o actual governo, como se a ele coubesse culpa pela existência dos pinhais, eucaliptais e matas que são paisagem antiga, que se plantou e se arrasta desordenada no território português. Passos não é bombeiro em coisa nenhuma, mas é antes um bombista que larga explosivos por onde pisa e lança o machado afiado, na ânsia de anunciar suicídios falsos como quem lança mais achas para fogueira em braseiro infernal. Nesta sua condição, cabe-nos a nós, metê-lo na ordem e arrefecer seus ímpetos e ambições, sem olhar a meios, ou usando de meios condenáveis, que é cavalgando sobre mortos, feridos e maltratados, estendidos nos destroços do asfalto derretido e mais negro, como não há registo. Tal líder que age assim, está a caminho de se revelar um cavaco feito carvão fumegante, a reclamar que o apaguem por completo e lhe façam o funeral que ele merece. Isso aos portugueses caberá decidir nas eleições futuras.

-*(publicado em 28jun2017 no DNmadª/Destk)



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