quarta-feira, 6 de setembro de 2017

LIXO



Para amanhã, 7 de Setembro, estão previstos 35 graus para Lisboa, e ainda mais para Beja, Évora, Santarém ou Castelo Branco. Esta Primavera não choveu quase nada. Por exemplo, Abril, que naturalmente deveria ter sido de águas mil, foi de águas zero. Mas em contrapartida, o mês passado choveu torrencialmente em Trás-os-Montes e na Galiza. Por estes dias, um violentíssimo furacão com chuvas diluvianas e ventos que atingem 400 quilómetros/hora fustiga as Caraíbas e a costa leste dos EUA.
Estes, são apenas alguns dos milhares de exemplos sobre o comportamento atmosférico anormal que de há alguns anos tem vindo a intensificar-se. Ou seja, tal como os cientistas previam, fruto das alterações climáticas devido à poluição, os fenómenos extremos são cada vez mais frequentes e intensos. É a Mãe Natureza, indomável e poderosa, a castigar o comportamento inaceitável e criminoso do bicho homem que, irresponsável e criminosamente, resvala para o abismo. Ainda há dias se soube que o Sr. Temer acabou com uma reserva natural na Amazónia do tamanho de Portugal. E é a devastação de florestas tropicais não só no pulmão da Terra, mas também em África, na Indonésia, nas Filipinas, na Malásia e um pouco por todo o mundo para dar lugar a culturas intensivas e ainda mais lucrativas. São os fogos criminosos e outras barbaridades que limitam e reduzem o oxigénio e aumentam brutal e exponencialmente o dióxido da carbono ,elevando a temperatura e provocando o efeito de estufa com as consequências que estão à vista, não esquecendo o degelo nos polos, com a consequente subida do nível dos mares.
Portanto, este é assunto que dá pano para mangas e eu podia ficar-me por aqui e ilustrá-lo com qualquer destes casos, mas não o vou fazer. Vou ainda referir-me a outras mais pequenas mas não menos miseráveis patifarias que todas juntas também têm impacto. Quem é que não reparou já nas bermas das estradas e caminhos deste país? E nas praias ribeiros e rios? E tantos outros lugares? E o que é que se vê cada vez mais? Não são garrafas, sobretudo de plástico, e mil e um pequenos e grandes invólucros e outros objetos, ou seja, autênticas estrumeiras, toneladas de lixo. E a separação do dito que não fazem, misturando plásticos, vidros, papel e lixo doméstico.
Há milhões de toneladas de lixo, sobretudo plásticos, nos oceanos, que afetam gravemente a fauna marítima. Portanto, não são apenas os “tubarões” a maltratar a Natureza, é também o “peixe miúdo”. Para uns e para outros, devemos ser implacáveis e tratá-los como merecem. São o que estamos a falar; LIXO.
Corroios, 6 de Setembro de 2017




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