sexta-feira, 22 de setembro de 2017

MANIFESTO DO ARTISTA REVOLUCIONÁRIO E CRIADOR

O artista tem que ser revolucionário, interventivo, não pode ser o versejador da corte. A arte tem que provocar o pensamento, o espanto, a acção. Não faz sentido uma arte meramente reprodutora, recreativa, de entretenimento. O artista, o poeta tem de provocar, de dar a cara, de contestar a sociedade burguesa a toda a hora. Cabe-lhe transformar o mundo ou contribuir para a sua transformação. Por isso deve ser o criador de Nietzsche, aquele que faz da vida um experimento permanente, aquele que se passeia na corda-bamba do devir, aquele que canta e dança. Porque a arte é embriaguez e é dionisíaca, apela à hybris e à desmesura por oposição à castração, à poupança, à economia. Daí que o artista seja também um incendiário, aquele que insulta os deuses, os poderes e o dinheiro. Nesta época de caos o artista deve agudizar o caos para um dia chegarmos ao paraíso, à harmonia. O artista deve intervir sempre na polis, na vida pública. O artista é o Criador.

2 comentários:

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