segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Se a justiça é cega

Numa cidade do interior do país, uma criança de sete anos terá caído da varanda de um terceiro andar para a rua, tendo morte quase imediata.
Entretanto, as autoridades policiais estão a inteirar-se do ocorrido, para saberem se estava sozinha em casa. Se sim, há que acusar de abandono por quem dela cuidava, para assim criminalizarem quem deixou o menino entregue à sua má sorte.
Parece-nos que a ausência parental se deveu ao facto de estarem a trabalhar.
Todavia, prestem bem a atenção: no fatídico caso havido num aldeamento da Praia da Luz, os pais que abandonaram os filhos de tenra idade, perdendo a filha mais velha, nunca foram incriminados por tão criminoso abandono.
Se a Justiça é cega para julgar todos do mesmo modo, os homens que a gerem e a aplicam, muitíssimas das vezes, isso não o fazem.

José Amaral

3 comentários:

  1. Acreditar na justiça dia sim, dia não, conforme os nossos interesses, não será um bom sistema de estar na sociedade. A falta de cuidado dos ingleses para com a filha não justifica outras faltas de cidadãos portugueses. Já lá vão 10 anos e continuam a bater na mesma tecla, o que não parece correcto, pois está na linha dos adeptos de um determinado clube de futebol, que andam sempre a falar do caso do very-light que há vinte anos matou um assistente a um Benfica - Sporting, no Estádio Nacional e mais recentemente no atropelamento mortal de um italiano que, estava envolvido na claque sportinguista, num dia em que nem houve futebol. Cada crime, é um crime, e neste casos, só por maldade se atribui relação entre eles. Nada justifica os maus tratos dados às crianças, e não é a nacionalidade dos familiares que tal define. No fundo, todos nós, bem intencionados, queremos um mundo melhor, mas não adianta muito apontarmos o dedo aos outros como se fôssemos juízes supremos.

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  2. Mesmo assim, não defendo um deus para mim e um diabo para os outros. Mas, continuo a achar muito estranho desculpar-se tudo a uns - os sempre de bem na vida - e outros serem tratados a ferro e fogo, quando andam na busca do pão-nosso de cada dia.

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    1. Ou começo a estar parvo ou então estou a defender um Deus para mim e o Diabo para os outros. Se os meus Amigos dizem que estou a proceder desse modo, devo repensar a situação e, talvez, consultar um médico competente. Também pode ser que eu não consiga expressar-me de forma a que outros me compreendam. Devo magicar no assunto. Um abraço fraterno ao Amigo José Amaral.

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