sábado, 30 de setembro de 2017

Valorize-se o trabalho, sem precariedade

Ficamos contentes porque o desemprego baixou o patamar dos 10%. A teoria política do diabo,
posta em prática - quanto pior melhor(!) - deve ser combatida. O desemprego diminuiu, mas o
secretário do Emprego, confirma que há precariedade laboral. Que tipo de emprego se criou? Aceitá-lo pelo menor valor? A demolição social, no p.p., fez com que o valor  do trabalho fosse desvalorizadíssimo. Perto de 10% da população está desempregada, não podendo exprimir a dignidade da sua vida através do trabalho remunerado. Muitos desempregados de longa duração não recebem subsídios para sobreviver!, porquê? Entretanto, os cofres do Estado vão-se enchendo… Urge responder a estes concidadãos de mão estendida que vivem do assistencialismo caritativo. Pão com dentes mata a fome, mas não os deixa levantar a cabeça!
Diz a imprensa: Dos 150 mil novos empregos, 100 mil são precários. Faz sentido, já que ainda
temos as leis do PSD-CDS, que amputaram a legislação laboral atá à erradicação da contratação colectiva. O PS, na oposição, é pela contratação colectiva do trabalho, enquanto Governo não a
implementa. Há mais de 2 milhões de trabalhadores a ‘ganharem’ menos de 400 euros/mês(!), e a Autoridade das Condições de Trabalho deve obrigar o patronato a cumprir o salário mínimo nacional. O crescimento salarial diminuiu entre 2012 e 2015.
A insegurança no trabalho é uma estratégia para aumentar os lucros, pagando menos. Tributar
mais a riqueza e menos o rendimento do trabalho é proporcionar equidade e motivação, contribuindo para o progresso e equilíbrio social.

                                     Vítor Colaço Santos
Público - 02.10.2017

1 comentário:

  1. Em muitas questões estruturantes da sociedade portuguesa, o PS não tem ideias muito diferentes do PSD (o bloco cenral), e a área laboral é uma delas. Alguns desvarios escandalosos do anterior governo, foram corrigidos pelo actual (feriados, 35 horas), porque foi o compromisso para o PCP e BE viabilizarem o governo PS, que através dos seus deputados na Assembleia da República já se juntou várias vezes ao PSD e CDS para impedir outras correcções e melhorias. Quanto à precariedade, quem abriu as portas foi um governo do PS/Mário Soares, logo em 1976, com os contratos a prazo e daí para cá foi sempre a piorar até à selva actual...

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