quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Abstenção e resultados eleitorais

Dos 9.393.680 eleitores inscritos, não votaram 4.580.228! Porquê, quase 50% de abstencionismo? Os líderes dos partidos parlamentares e dos independentes, durante os seus discursos, após resultados eleitorais expressivos, não abordaram a abstenção, porquê?
Fugiram duma módica explicação como o diabo foge da cruz, porque têm culpas no cartório.
Os executivos autarcas actuam de costas voltadas para os eleitores/vizinhos.
As eleições para as Autarquias Locais, teoricamente, deveriam ter uma participação significativa, já que está em causa a resolução de problemas locais. Os candidatos apelaram ao voto até à overdose, mas só somos eleitores durante a campanha para nos conquistarem o voto… isto é democracia enviesada.
A direita teve a maior derrota autárquica, sobretudo nas grandes cidades - Lisboa e Porto, com
desaires humilhantes. Faz sentido, as pessoas não esquecem que foram vítimas de desumanas
malfeitorias. Sentimo-las na carne e na carteira.
Estas eleições foram manchadas por nódoas indeléveis, já que cadastrados apresentaram-se como candidatos autárquicos(!). Qualquer concidadão que queira trabalhar para o Estado tem de ter cadastro imaculado. Houve dois pesos e duas medidas, porquê? Isaltino Morais, recém liberto da prisão, é o futuro presidente da Câmara de Oeiras. Sobre a sua eleição, disse:« É a vitória da democracia» Não! Não é!! Esta é uma democracia escangalhada que permitiu a um maculado condenado por branqueamento de capitais e fraude fiscal fosse candidato e vencesse…
A abstenção não é tema tabu. Somos  eleitores/vizinhos durante os anos de mandato autárquico… com o nosso voto.

                                    Vítor Colaço Santos

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