segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Irracionais justiceiros

Franco admirador da sua tenacidade na prossecução do que entendia serem importantes realizações para o país, nunca vi de perto José Sócrates e jamais o venerei, como também nunca o fiz com plolítico nenhum, pelo que também não ajudarei a empurrá-lo para o inferno...

Como a “marca de água” da Direita na governação sempre foi, desde os tempos de Cavaco, a falcatrua permanente, as suas grotescas tropas de choque agarram-se ao caso Sócrates como boia de salvação, mesmo que os valores de que Sócrates é acusado não passem de “peanuts” quando comparados, por exemplo, com os mais recentes 10 mil milhões, repita-se, 10 mil milhões que ninguém sabe de que negociata foram paridos e para os quais um Secretário de Estado com nome de toureiro teve artes de “tourear” um conveniente apagão informático.

José Sócrates é, para mim, apenas um homem político que usou/usa das suas faculdade como qualquer outro da sua condição faz para alcançar os seus objectivos; e não terei nenhum prazer especial  em vê-lo condenado, mas antes em vê-lo desmontar/demonstrar que os infamantes crimes de que só agora é oficialmente acusado não são mais que o corolário de uma tenebrosa perseguição e vingança.

Para a ralé que se apressa a gritar “esfola” mal ouve dizer “mata” , Sócrates há muito foi condenado, sem possibilidade de defesa, embora só agora tenha sido efectivamente acusado e ainda falte fazer o verdadeiro julgamento.

E se os oleosos elogios ao Ministério Público não fossem mais fruto do ódio patológico ao cidadão em causa do que à seriedade do trabalho realizado, certamente não deixariam sem reparo a sujeira permanente que foi o estendal de informação “reservada” passada pela investigação a repugnantes tablóides, que fizeram dela as montagens que mais lhes convinham!

Amândio G. Martins



5 comentários:

  1. Tablóides? Leia a Visão! Não odeio ninguém! Quando tiver vagar volto aqui. Amendoins! Informe-se! Nunca tanto discordei da sua opinião.

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  2. E não lhe aceito essa de irracional justiceiro!

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  3. Mais uma vez o Amigo Francisco tem razão e é comedido na apreciação que faz ao artigo. A defesa do José Sócrates está a ser feita por uma comitiva que quer transformá-lo numa vítima, quando, com um pouco de serenidade vemos que o seu comportamento social se arrasta desde os negócios enquanto secretário de Estado, só que agora não teve o Pinto Monteiro para o proteger descaradamente, tal como o Noronha Nascimento de forma mais encoberta. Temos direito a opiniões diferentes, mas não a decisões que só a Justiça tem essa tarefa. Um abraço à rapaziada.

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  4. Se a expressão "Estado de Direito" não andasse tão abastardada, valeria a pena lembrar aos cidadãos que aqui me contestam que, num Estado de Direito, ninguém pode ser julgado na praça pública; só um Tribunal tem legitimidade para julgar quem é suspeito e acusado de crimes, permitindo-lhe todos os meios de defesa.
    Desgraçadamente, como à "massa bruta" tudo parece ser permitido, esta faz a coisa que melhor sabe e para a qual o instinto primitivo a empurra: LINCHA!

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  5. Ninguém está a linchar ninguém! E todos temos o direito à nossa opinião. E a minha, por toda a informação que me/que nos tem chegado, é a de que os principais protagonistas, com Sócrates à cabeça, da "Operação Marquês" são grandes criminosos. Criminosos lesa-pátria. Prejudicaram, e muito,este povo e este país.Este, é o meu julgamento. Tenho direito a ele, assim como o amigo Amândio tem direito ao seu. Só mais isto; e olhe que essa informação não a colhi nem no CM nem, como deve saber, no Avante que se tem abstido de falar no assunto. Mas eu não me abstenho!

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