domingo, 19 de novembro de 2017

Austeridade para sempre


Alguns cronistas têm um supremo gozo na vida: provar à saciedade que a geringonça não conseguiu acabar com a austeridade. João Miguel Tavares, na edição do Público do passado sábado, vai mais longe: o país é irremediavelmente inviável, e a tal bancarrota de que a troika nos salvou teria acontecido mesmo sem os desmandos do governo Sócrates ou do sistema financeiro. Façamos o que fizermos, lá cairemos outra vez, só falta saber “quando”. Parece impossível, mas é ele quem o diz. Como diz também que enterrar fortunas nos buracos dos bancos é inevitável (lá voltamos à TINA), mas satisfazer as pretensões dos professores e muitos outros não passa de esbanjamento eleitoralista. Fica claro que, para JMT, não vem ao caso a justeza dessas exigências, resultantes de quebras contratuais pelo Estado, porque não se trata de resolver problemas de “moral” ou de “justiça”, meras excrescências luxuosas numa terrinha com gentes para quem austeridade basta. Valerá a pena lembrar a JMT que há quem perceba as diferenças entre o que temos e o que tínhamos com o governo PSD/CDS?

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