sábado, 18 de novembro de 2017

“Obedecemanda”

Com o título em epígrafe, escreve Miguel Conde Coutinho, no JN de hoje, o texto que transcrevo parcialmente:

“Por muito que me esforce, por grande boa vontade que tenha, ninguém me convence que faz sentido que haja trabalhadores que têm direito a promoções automáticas.

Podem trabalhar muito ou pouco, bem ou mal, com empenho ou desdém. Passam os anos, muda-se de escalão, aumenta-se o salário. E se o elevador da carreira parou, porque o país ficou de rastos, pouco interessa. Assim que houve um ligeiro levantar de cabeça, logo apareceram os que exigem voltar ao mesmo sistema, sem qualquer mudança que o torne mais justo.

Não faltam por aí corporações, sindicatos e associações que só pedem, pedem muito, pedem o que puderem. E o Governo de António Costa aceita tudo. Neste país liderado com o apoio do PCP e do BE, pede quem pode, obedece quem manda”.

Nota – Tendo trabalhado o melhor tempo da minha vida activa numa multinacional que pagava acima da média nacional a todos os seus trabalhadores, fosse qual fosse o posto de trabalho que ocupasse, na categoria profissional a que pertencia vigorava um sistema remuneratório que eu considerava justíssimo, que passo a descrever:

Cada profissional tinha metas anuais para cumprir, divididas por doze meses, e auferia um ordenado base; sobre o resultado atingido em cada mês, somava  uma dada percentagem individual e outra colectiva. Isto era assim porque, como nem todos trabalhavam em zonas de iguais potencialidades, quando tivessem um mês mais fraquito, havia sempre a possibilidade de equilibrar o orçamento com o que viesse do resultado colectivo.

Como quaisquer que fossem os resultados individuais, muito bons ou sofríveis, cada uma  tinha sempre de justificá-los, as promoções eram alcançadas em função de vários factores, um dos quais era a qualidade pessoal e profissional revelada...



Amândio G. Martins

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