sexta-feira, 10 de novembro de 2017

SEMPRE O RELÓGIO

Acabei o livro sobre o Baudelaire. Os livros, os grandes livros, enriquecem-nos. De resto, aqui na confeitaria, ouço as conversas de sempre. A simpatia da patroa já me irrita. É sempre compra e venda. O dinheiro a circular. Ontem estive com a Gotucha no Porto até às 6 da manhã. Chegámos a divertir-nos mas os bares fecham às 4. As pessoas fogem da noite por causa do frio. Deixem-me lá olhar para a menina. É bonita. Veio aos bolos. Não há dúvida de que o tédio é uma fonte de inspiração, mesmo que Baudelaire não acreditasse na inspiração. Olho para o relógio. Sempre o relógio. A Fatinha varre. A confeitaria está para fechar.

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