sábado, 9 de dezembro de 2017

CENTENO, SERÁ QUE TEMOS HOMEM?



De uma área política que não a deste governo, confesso que no início olhei sempre com muita desconfiança para as possibilidades de Portugal se manter dentro dos limites do Tratado Orçamental, pagar a sua dívida brutal e manter os compromissos políticos com o PCP-BE. Mas o certo é que o caminho fez-se caminhando e o ministro das Finanças, ressalvados alguns apontamentos na AR, em que inicialmente se prestou a um papel partidário que não lhe ficou bem, depois corrigiu o rumo e conseguiu agora ser designado pelos seus pares presidente do Eurogrupo. Não sendo um lugar institucional da UE, é sem dúvida prestigiante e recompensa Portugal, ao mesmo tempo que indubitavelmente reforça a sua credibilidade. E sobretudo reforça a credibilidade do ministro em Portugal, face aos agentes políticos, designadamente os da esquerda. E o ministro "soltou-se", está mais afirmativo, mais confiante do que nunca. Eu só faço sinceros votos que se mantenha assim confiante, e que até ao fim do seu mandato prossiga a ideia que fez a primeira página do PÚBLICO ao dar à estampa uma entrevista com T. Sousa. Transcrevo, pela importância: "no caso português, há um indicador absolutamente essencial que é a redução do peso da dívida no PIB" (fim citação). Se este propósito tivesse sido definido antes desta eleição do Eurogrupo, teria corrido o risco de ser desautorizado pelo PCP-BE, agora espero bem que seja corajoso e que consiga resistir às ondas de choque que inevitavelmente se seguirão.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.