sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Patrões e UGT querem manter na lei laboral as alterações gravosas do PSD/CDS

Para a UGT, segundo Carlos Silva, seu secretário-geral, em entrevista no Jornal Negócios de 18 de Dezembro, «era importante que a lei laboral ficasse inalterada».
Na reunião da concertação social de 19 de Dezembro, as confederações patronais, CIP, CCP, CAP e CTP, foram pedir a «manutenção do quadro legal vigente em matéria laboral». 
O CDS apreciando a mensagem natalícia do primeiro-ministro, através do deputado João Almeida, afirmou que «era importante que tivesse havido um compromisso de estabilidade na legislação laboral, e não houve».
UGT, confederações patronais e CDS defendem com unhas e dentes, a manutenção das alterações gravosas à legislação laboral do anterior governo PSD/CDS, que entraram em vigor a 1 de Agosto de 2012, que acabaram com feriados e três dias de férias, atacam a contratação colectiva, facilitam despedimentos e reduzem o valor das indemnizações, diminuem substancialmente o pagamento de trabalho prestado em dias de descanso, feriados e trabalho extraordinário, acabando ao mesmo tempo com o respectivo descanso compensatório.
Por força de compromissos do PS com PCP, BE e Verdes, no âmbito da legislação laboral, apenas foram repostos os feriados e descongelada a actualização do salário mínimo, não sendo revogadas as normas gravosas introduzidas por PSD/CDS que permitem a caducidade de contratos colectivos, facilitam e embaratecem despedimentos e desregulam horários de trabalho.
Não se vislumbra por parte de PS e do seu Ministro Vieira da Silva disponibilidade para contrariar as pretensões de UGT, CIP, CCP, CAP e CTP, para não serem revogadas as medidas laborais do PSD/CDS que retiraram e diminuíram direitos e rendimentos. Só a mobilização e luta dos trabalhadores poderá criar condições para que tal aconteça.

2 comentários:

  1. Lê-se e ouvem-se tantos palpites, tantas opiniões sem fundamento, que quando as vemos assim fundamentadas, é um bem para todos os que se preocupam com a verdade e a justiça. É um bem para a democracia. Só com esclarecimento é que ela é plena e sólida.

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