segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

RARIDADES OU NEM POR ISSO...

Ok.
Depois eu é que tenho mau feitio quando me indigno com os esquemas e esquemazinhos que abundam neste nosso Portugal em torno das associações de beneficência, solidárias e etc.

Agora foi a Raríssimas...associação para a qual já contribuí e por isso, depois da recente denuncia sobre os vencimentos e mordomias pornográficos da sua directora e familiares (sim porque as doenças podem ser raríssimas, mas a mama chega para muitos ), sinto-me, obviamente, duplamente defraudada....

Paula Brito e Costa, acumula três mil euros de ordenado base, mais 1300 euros mensais em ajudas de custo isentas e cerca de 1500 euros em viagens entre casa e trabalho.

 Para arredondar a coisa ainda lhe pagam 800 euros num Plano Poupança Reforma (PPR).
Nada mau para uma Raríssima, ou talvez por isso mesmo, desculpem-me os doentes que têm sido roubados por esta senhora.

Este país, infelizmente é pródigo em esquemas destes.

 À conta da quase genética generosidade dos portugueses, muitos espertos viram no furo das associações e das IPSS, a forma de viverem à grande, à conta dos otários.

Depois os governos, ao invés de exercerem o seu poder fiscalizador, por vezes ainda são coniventes com estes esquemas...e até beneficiam com eles.

 Uma vergonha.

Muito mais poderia dizer sobre estas e outras "Raríssimas", mas porque os associados e suas famílias me merecem respeito e o Facebook é o que é, não digo mais nada.

Contudo, não posso deixar de expressar o meu profundo desprezo por todos os que nesta e noutras associações/IPSS, à conta do sofrimento alheio, fazem coisas destas.

Até poderá ser legal, desconheço a legislação por isso não falo do que não sei, mas mesmo que o seja, é imoral e amoral.

Profundo desprezo...
Começo a estar farta desta gentalha.

6 comentários:

  1. Quem é que não está farta dessa gentalha! Agora não devemos é generalizar. Eu conheço muita gente que está à frente de inúmeras colectividades e associações de reformados pensionistas e idosos que o que ganham é trabalho. E às vezes contrariedades e chatices.

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  2. De facto, não são RARÍSSIMAS estas situações, mas muitíssimo se faz em prol do bem-estar de pessoas que vivem esquecidas, até dos seus familiares, que nada fazem pelo bem do seu semelhante.
    Do BEM e bem feito NINGUÉM fala, mas fala-se para se generalizar o de que mal se vai fazendo.

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  3. É verdade amigo Zé!Não é que não concordemos que estes abusos não devam ser denunciados! Não é verdade? Denunciados, corrigidos ou punidos. Mas é como diz; há por aí ainda tanta gente a trabalhar em prol do seu semelhante, da sociedade, e esses, nunca são, pelo menos, lembrados. Com excepção, e ainda bem, dos bombeiros. Mas, mesmo estes, apenas quando há fogos...

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  4. De pois de a ler, Graça, fui saber o que se passou. Como o meu comentário seria longo, decidi escrever sobre o assunto em texto que já publiquei há momentos. Mas queria dizer-lhe do quanto gostei da sua justificada "raiva social" perante o que se passou!

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  5. Meus caros amigos, limitei-me a analisar este caso. Obviamente que existem muitas pessoas sérias a trabalhar em associações, IPSS e similares - não o assumir seria não só patético como de uma enorme falta de respeito por todos quantos , diariamente, dão tanto de si para manter vivo o espírito e a forma das mesmas. A esses só tenho que agradecer como portuguesa e como cidadã. Eu mesma dediquei grande parte da minha vida a várias e nunca ganhei um cêntimo - pelo contrário, mas isso não interessa nada porque o fiz de coração e voltaria a fazê-lo. Portanto, quem leu nas minhas palavras generalizações, só pode ter interpretado mal a minhas palavras.
    Nesta associação como muitas outras pululam “quadros” e dirigentes e deputados partidários (nesta conta-se um secretário de estado que foi consultor, uma deputada que foi de viagem, um autarca que é vice presidente, um deputado que é membro do conselho fiscal ou será que é um autarca que é membro do conselho fiscal e um deputado que é vice presidente? de diferentes partidos) e onde os “dinheiros” nem sempre são convenientemente geridos...
    Considero ser necessário auditar e inspecionar todas estas associações e ong’s e “santas casas” e bancos alimentares (aí jonet jonet) e caritas e tantas outras. Auditar, inspecionar e punir de forma exemplar, se for caso disso. Contudo, para isso é preciso coragem política e não ter rabos de palha... Pois é...

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  6. Talvez não se justificasse eu ter falado em generalizações no comentário à oportuna indignação da Graça, mas não quis de maneira nenhuma inclui-la em tal. Tenho-a como uma pessoa socialmente empenhada e justa.

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