quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Palavras conotadas e ironias (não) conseguidas

O que vou dizer tem muito de subjectivo. Ontem ouvi Donald Trump parafrasear Marin Luther King com com o célebre "I have a dream". Vindo de quem vem é com certeza um plágio, mas, para além disso, é escabroso, pois o simples mau gosto seria quase um elogio para quem o pronunciou agora. Mas isto fez-me lembrar (obviamente sem esta "rasquice") o uso de palavras ou frases tão conotadas com quem as usou pela primeira vez num contexto tão marcante que as torna posse desses pioneiros. Outros exemplos são os "Ich bin ein..." usada em Berlim por John Kennedy ou "1984" pertencente, para sempre a George Orwell.
Agora a ironia. Como exemplo uso o título da crónica de Rui Tavares no PÚBLICO de hoje: "Tenham medo, vêm aí as listas transnacionais!". Para mim era uma asserção, que estranhei, vinda de quem veio. Afinal era uma pretensa ironia para com os "eurocépticos" ( substantivos e "reservados"). O problema é que há pessoas que, acidentalmente ou não, se ficam pela leitura dos títulos e depois queixe-sem os que escrevem, neste caso Riu Tavares

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. "Ich bin ein Berliner" foi mais tarde macaqueada por Reagan noutros termos e em voz mais grossa: "Mr Gorbachev, take down this wall"...

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