sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

PÚBLICO, 28 JANEIRO 2018, pág. 46
AUTORIDADES LOCAIS PROPÕEM BILINGUISMO PARA OLIVENÇA
   O ano de 2017 terminou com um facto que, a confirmar-se a sua aceitação, pode ser considerado uma grande vitória da Lusofonia. Na verdade, a Comissão Educativa para a Língua e Cultura Portuguesa de Olivença, constituída por representantes dos Centros Educativos, da Câmara Municipal. de Olivença, da Associação Cultural (oliventina) Além Guadiana e da cidadania em geral, apresentaram, no dia 30 de dezembro de 2017, à Conselheira da Educação da Junta da Estremadura (espanhola), aquilo que denominaram "Plano Específico para a Língua e Cultura Portuguesa em Olivença", com o intuito de caminhar para o bilinguismo na  cidade. Ao que parece, e de acordo com um comunicado camarário, este projeto "não se cinge só ao âmbito escolar, mas também é extensível ao conjunto de dimensões que constitui a cidadania". E, continuando a citar, "ao traço linguístico deve-se unir o cultural, que tornam singulares os oliventinos; a transversalidade conseguir-se-á através da cooperação de todos os setores; com o que pode vir a representar o bilinguismo em Olivença, deverão os oliventinos juntar forças entre todos (Câmara, Governo Regional, escolas, associações e prática de cidadania)".
   Tudo isto se passa por iniciativa duma associação local(Além-Guadiana) que, sem se intrometer nas questões de soberania, tem, desde 2008, feito o possível e o impossível para recuperar a cultura portuguesa em Olivença. Já logrou convencer as autoridades a proceder a várias formas de bilinguismo toponímico (caso das placas das ruas), e, desde 2014/15, tomou a iniciativa de reivindicar a nacionalidade portuguesa para os oliventinos que o reivindiquem (ronda quase o milhar os que a obtiveram). Sabiamente, as autoridades locais têm sido sensíveis, acedendo a escutar um apelo que é, antes de tudo, cultural e histórico. Falta que, em Portugal, se estendam muitas mãos a quem, num número cada vez mais significativo, quer ter voz na Lusofonia!

Estremoz, 15 de janeiro de 2018

Carlos Eduardo da Cruz Luna

2 comentários:

  1. Muito boa tal ideia, que já tinha lido no jornal PÚBLICO.
    Parabéns Carlos Luna. Tudo devemos fazer para que o que nos foi ROUBADO volte a ser PORTUGAL, pese embora o desprezo de muitos e muitos vendilhões pátrios a tal desejo.

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  2. Muito boa tarde, Senhor Carlos Luna. Peço desculpa de me estar a intrometer no seu texto, contudo não sou fiscal, mas faça o favor se não se importa, de alterar a data, de 28 de Janeiro de 2018...que decerto por distracção escreveu (o que é perfeitamente normal acontecer), porque ainda vamos no dia 19. Eu já tinha lido no jornal PÚBLICO, e gostei.

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