quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Recordar é viver (a minha homenagem a todos os obreiros desta obra)

A EPOPEIA de OS LEITORES TAMBÉM ESCREVEM
I
Tudo começou no ano de dois mil e doze
Com correio electrónico enviado
A quem escreve em jeito agridoce
Em páginas de jornais em local facultado,
Para se dar a conhecer e algo se verse
Que não pode ser assim ou seja calado
Em contínuo cogitar para informar
O que de bem seja dito ou por mal se tratar.

II
Foi na Casa da Música o encontro primeiro,
E em Coimbra, co’a maria vinda do céu como mentora,
Entusiasmando sem qualquer pensar matreiro,
Para levar avante tal empresa promissora.
Mas nem todos os presentes, sem pensar guerreiro,
Seguiram na caminhada pensada nessa outrora.
Assim, a nave de doze bravos sonhadores
Sulcou as dificuldades de muitos mares.

III
Então, à marinhagem juntou-se um antónio
Que a bem dizer a achou muito catita,
Em que outra maria, sem usar o nónio,
É também clotilde, sem ser santa ou bendita
Como fora a dos Francos, nesse tempo primórdio,
Mas moreira desta sociedade em comandita.
E, assim, aparece o ‘ensandecido’ josé, que por mal
Faz finca-pé, ou não se chame também amaral.



IV
A fernando que é cardoso, rodrigues de nascimento
E discípulo de Hipócrates como pediátrico.
Segue-se o joão que, por seguimento,
É fraga, é de oliveira, caos antropológico,
Para se dizer com todo o merecimento
Ter sido inspector daqueles que, por ser lógico,
O Trabalho é a alavanca fundamental
Para criar riqueza, tanto fora como em Portugal.

V
O francisco que se ultima ramalho
Tem por rincão o seu amado Torrão
E julgo pensar que não partirá um galho
Por algo que de útil isso talvez não
Seja oportuno, como dar-se um migalho
De nada a quem nada tem na boca ou mão.
Por isso, temos o augusto, küttner raiz austríaca
Que se segue de magalhães, amálgama heteronímica.

VI
E lá vem o joaquim á ponto moura,
Antes que o vítor, que é colaço e santos,
Geminado à ana, que tem santos como aura,
Nos apareça o rogério sem prantos
Por tudo que já sofreu, sem vislumbrar a amargura
Que muitos irmãos sofrem. E quantos!
E encerra-se esta EPOPEIA com chave d’ ouro,
‘Os leitores também escrevem’ – o nosso tesouro.

José Amaral (11/11/2013)




2 comentários:

  1. Muito bem, amigo Zé! Quem sabe (rimar) sabe!

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  2. só mesmo o José Amaral, era capaz de tamanha veia. Um grande ABRAÇO, deste um, entre os doze, sentados à mesma ceia!

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