quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O Dia Mundial da Rádio

Celebrou-se com todo o propósito, o Dia Mundial da Rádio.
A rádio - velha senhora, está para durar. É sempre necessário celebrar o dia da rádio e todos os dias são seus. Ela é indispensável e insubstituível. Sobreviveu à televisão, nos anos 80 do século passado. Depois resistiu às rádios piratas. Ultimamente, já lhe faziam o funeral pela vinda da internet. Ora, estes dois meios complementam-se, sendo distintos - e a rádio continua viva.
  A rádio está em todo o lado e dispersa-se em todos os sítios e auditórios. É um meio único e útil. Nas aldeias é uma permanente companhia. Está sempre lá, nem que seja através dum simples transístor a pilhas.
   Foi através da rádio que minha mãe, sobressaltada, no dia 25 de Abril de 1974, me acordou: ’’ Salta da cama, em Lisboa a Revolução está na rua!’’. Assim, se desencadeou o dia inicial de todas as alegrias e esperanças, que ainda não se concretizaram…
   Sendo militante ouvinte da Antena 2, espaço de música clássica, de programação cultural e artes, interrogo-me porque é que esta estação de rádio, tão rica em termos de oferta cultural,
tem um nível tão baixo de audiências.
   A rádio é o bálsamo natural contra a solidão. Que viva sempre a rádio!


                        Vítor Colaço Santos

Público - 15.02.2018 e citado em "Carta ao Director" do Público, em 16.02.2018, da autoria de Antides Santo, e com o título "Recordar o passado". 

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