quarta-feira, 7 de março de 2018


Onde sujar as mãos é honradez...


“É a riqueza dos agricultores que fertiliza a terra, que multiplica os animais, que atrai e fixa os habitantes dos campos e que faz a força e prosperidade da nação. Um reino com terras férteis não pode ser comparado a outro que as não tem.

Mas, para tirar proveito delas, deve-se afastar as causas que fazem abandonar os campos, que atraem e retêm a riqueza nas grandes cidades. Todos os senhores, todos os ricos, todos aqueles que têm rendas ou pensões suficientes para viver comodamente, fixam a sua residência nas grandes cidades,  onde gastam quase todos os rendimentos.

Estes gastos atraem uma multidão de mercadores, de artífices, de criados e de operários; esta má distribuição das terras e das riquezas vai longe de mais, talvez por se ter protegido mais os habitantes da cidade que os do campo. Os homens são atraídos pelo lucro e pela tranquilidade. Que se concedam estas vantagens ao campo, e este será tão povoado como a cidade.

Que cada um possa cultivar livremente no campo tudo o que lhe interessar; que as suas faculdades e a natureza do terreno lhe permitam obter tudo na maior quantidade possível. Que sa favoreça a multiplicação dos animais, porque são eles que fornecem às terras os adubos que produzem abundantes colheitas”.

Nota – Da escola dos fisiocratas –  François Quesnay


Amândio G. Martins

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